A segunda-feira (27), no horário local, foi marcada pelo segundo mais forte terremoto ocorrido no Chile, em 2010, de magnitude 8,8 na escala Richter. Esse terremoto gerou tsunami de até 3 metros de altura, cujas ondas chegaram a outros países, incluindo o Japão, o qual emitiu alerta.
Essa explicação foi para ilustrar que a ocorrência do tsunami não está condicionada ao local do epicentro, como foi com o Grande Terremoto ao Leste do Japão, de 9,1 de magnitude, em 11 de março de 2011, em Tohoku.
Segundo a Agência de Meteorologia do Japão (AMJ), um tsunami é diferente das ondas comuns, pois uma grande quantidade de água do mar vai empurrando o que tiver pela frente, em terra, e depois, no retorno, puxa de volta. Esses movimentos podem levar apenas alguns minutos, como dezenas de minutos, arrastando pessoas e edifícios. Um tsunami, dependendo de sua força e altura, pode mudar toda a paisagem local causando graves desastres.
A partir do verão de 2020, foram iniciados esforços para informar a população através de alerta de tsunami e foi instituído o uso de bandeiras nas praias.
Um tsunami se propaga muito rapidamente, portanto, se a pessoa ficar na costa para vê-lo, não conseguirá fugir a tempo para se salvar, dependendo do tamanho dele.
Dependendo do terreno ao redor, ele avançará repetidamente por meio de reflexão e refração. Em geral, um tsunami que vem depois pode ser maior.
A força de um tsunami é tão intensa que mesmo com com 50 centímetros de altura a pessoa não consegue ficar de pé e é arrastada. Por isso, não se deve subestimá-lo.
Na ocorrência de um tsunami por causa de um terremoto no exterior, dá tempo suficiente para buscar refúgio ao ouvir o alerta, pois pode levar horas até que chegue, dependendo do país. No caso de um tsunami local, pode ser que leve horas, mas também poderá ocorrer imediatamente após o sismo.
O que cada um deve ter em mente sobre o tsunami
“Vamos pensar em várias situações diariamente e nos preparar para que possamos nos proteger, não importando quando um tsunami irá acontecer”, explica a AMJ.
São 3 pontos a observar:
- Ter em mente os locais perigosos: para isso, cada prefeitura criou os hazard maps. É importante saber dos locais de risco perto da escola, do trabalho ou de casa. Mesmo estando longe da costa, o tsunami costuma “subir” pelos rios.
- Saiba dos locais de evacuação: em geral, as prefeituras distribuem mapas (inclusive com publicações online) com os locais de evacuação em casos de desastres causados pela natureza. É importante ter em mente onde fica o abrigo mais próximo e a rota até ele. No caso específico do tsunami é importante saber quais são os locais elevados que podem servir de abrigo.
- Participe dos treinamentos: quando souber de algum treinamento no bairro ou na cidade, procure participar ativamente pois isso ajuda a salvar sua vida e a de outras pessoas.
Além disso, a mochila com o kit de emergência deve estar sempre atualizada, com um rádio para se manter informado das últimas notícias. Compreenda os termos usados em japonês nesses alertas (toque aqui). Se necessitar de Wi-Fi no abrigo veja como fazer tocando aqui. Para conferir os alertas da AMJ em português toque aqui.
Fonte: AMJ