Guerra na Ucrânia: reservistas russos estão lutando com pás, diz Ministério da Defesa do Reino Unido

Segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido, reservistas russos estão usando ‘pás’ para combate ‘corpo a corpo’ na Ucrânia devido a uma escassez de munição.

Ilustrativa (banco de imagens)

Reservistas russos provavelmente estão usando “pás” para combate “corpo a corpo” na Ucrânia devido a uma escassez de munição, diz o Ministério da Defesa do Reino Unido.

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No fim de fevereiro, reservistas descreveram ter recebido ordem para atacar uma posição ucraniana “equipados apenas com armas de fogo e pás”, disse o ministério em sua atualização de inteligência mais recente.

O ministério mencionou uma pá conhecida como MPL-50.

A ferramenta foi desenvolvida em 1869 e sofreu uma pequena mudança, disse o ministério.

“A letalidade da ferramenta consolidada MPL-50 de uso padrão é particularmente mitificada na Rússia”, disse o ministério.

O uso continuado da pá “como arma destaca o combate brutal e de baixa tecnologia que veio a caracterizar grande parte da guerra”, disse o ministério britânico.

Um dos reservistas descreveu não estar “nem fisicamente nem psicologicamente” preparado para a ação, acrescentou a atualização.

“Evidência recente sugere um aumento em combate próximo na Ucrânia”, disse o ministério.

“Isso é provavelmente resultado do comando russo continuando a insistir em ação ofensiva que consiste amplamente de infantaria desmontada, com menos suporte de fogo de artilharia porque a Rússia está sem munição”.

Enquanto isso, forças russas parecem ter garantido uma vantagem posicional suficiente na cidade cercada de Bakhmut, disse o Instituto para Estudo da Guerra (ISW).

Bakhmut tem visto meses de guerra, enquanto a Rússia tenta tomar controle da pequena cidade, onde cerca de 4 mil civis permanecem.

Milhares de soldados russos morreram tentando tomar Bakhmut, que tinha uma população pré-guerra de aproximadamente 75 mil pessoas.

Fonte: BBC

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Brasileiro é aprovado no difícil exame nacional de inspetor de veículos

Publicado em 6 de março de 2023, em Comunidade

Brasileiro supera a barreira do idioma para fazer esse difícil exame. É preciso conhecer de mecânica automotiva, pois essa qualificação é superior a de um mecânico.

O brasileiro aprovado no difícil exame de inspetor de veículos, grau acima do mecânico (Chunichi)

Fabio Sugimoto, 42, é um brasileiro sansei (de terceira geração), que trabalha em uma empresa de manutenção de automóveis na cidade de Komatsu (Ishikawa) e foi aprovado no exame nacional de inspetor de automóveis.

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Essa certificação nacional o habilita a trabalhar como inspetor em uma empresa de manutenção de veículos. É o profissional que inspeciona detalhadamente antes para passar as instruções ao mecânico, o qual faz a manutenção. Depois, inspeciona novamente, pois é o profissional que zela pela segurança do carro confiado a ele.

Segundo a matéria do jornal Chunichi, Fabio Sugimoto, se tornou funcionário regular (shain) dessa empresa há 9 anos, porque sua professora de japonês em Komatsu o indicou. “Superei a barreira do idioma”, comemora o brasileiro.

De acordo com a Associação de Manutenção de Automóveis da Província de Ishikawa, para ser aprovado nesse exame é necessário ter, além do conhecimento e habilidades técnicas de mecânico, saber das leis e regulamentos da área. Por isso, é extremamente raro um estrangeiro ser aprovado nesse exame.   

Superações do brasileiro

Sugimoto veio ao Japão pela primeira vez quando tinha 9 anos acompanhando seus pais e 3 irmãos mais velhos. Depois de alguns anos, voltou para seu país de origem, mas quando completou 21 anos, retornou ao Japão e trabalhou em fábricas de autopeças.  

“Eu vim para Ishikawa para trabalhar quando tinha 30 anos”, conta. “Morei no Japão por quase 10 anos, mas meu japonês era tão ruim que tinha medo até de fazer pedido, por isso, não ia nos restaurantes”, relembra.

Resolveu mudar essa chave e se matriculou em um curso de japonês oferecido pela Associação Internacional de Komatsu (KIA), quando conheceu Yoko Murakami, 63, uma das instrutoras do idioma japonês. 

Dois anos depois, ela o convidou a trabalhar como funcionário regular na Murakami Motors, onde seu marido é o presidente. 

“Através de uma empreiteira pode ser que ganhe mais, pois quanto mais trabalha mais ganha, mas nem sempre é regular e também pode ser despedido”, ouvia de sua professora, que está em contato com estrangeiros há muito tempo continuou a persuadi-lo por ver que é uma pessoa honesta.

Brasileiro: de mecânico a inspetor 

Decidiu aceitar o convite para ingressar na empresa e sua luta diária foi com as terminologias desconhecidas e teve momentos em que pensou que seu coração fosse partir, como quando não foi aprovado no exame de qualificação de mecânico, uma vez. 

 “Mas sem um lugar para onde quisesse voltar, aqui há pessoas que me encorajaram”, relembra. Incentivado pelo presidente da empresa, começou a estudar para ser inspetor de veículos em outubro do ano passado. 

Foram dias e dias de leitura do livro que contém mais de mil páginas, que explicam sobre as leis e regulamentos, com muitos kanjis. A sua professora e esposa do presidente lhe explicava de uma forma mais fácil os termos difíceis. Quatro meses depois, em fevereiro deste ano, o mecânico brasileiro foi aprovado no difícil exame, logo na primeira tentativa.

“Você realmente deu o seu melhor”, ouviu do seu patrão na ocasião. “Houve momentos em que pensei que tinha uma vida superficial. Mas agora sinto que estou me estabilizando, ganhei mais conhecimento e tenho confiança. Quero dar suporte aos estrangeiros que vivem no Japão no meu idioma pátrio com o conhecimento de manutenção dos carros”, declarou o brasileiro Sugiyama.

Fonte: Chunichi

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