Mais de 5 mil pessoas foram diagnosticadas com sífilis neste ano no Japão, de acordo com o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID).
O nível foi alcançado cerca de um mês antes do que em 2022, quando o número total de casos anuais chegou a 12.966.
Esse foi o maior número desde 1999, quando o atual método de pesquisa foi introduzido.
De acordo com números preliminares que são divulgados semanalmente pelo instituto, o total foi de 5.164 até 14 de maio. No mesmo período no ano passado, o número foi de 3.630.
Por província, Tóquio registrou a maioria dos casos, com 1.322. Muitos pacientes estavam concentrados em áreas urbanas, como Osaka com 699 casos e Fukuoka com 257.
A sífilis é transmitida principalmente por contato sexual. A infecção pode ser confirmada através de teste de sangue e agentes antimicrobianos podem curar a doença completamente.
Sintomas em potencial incluem erupções cutâneas por todo o corpo, gânglios linfáticos inchados e úlceras na área púbica, mas sinais iniciais são leves.
Pessoas infectadas podem espalhar a sífilis sem saber que estão doentes. A principal preocupação é com as gestantes. A sífilis congênita, em que um feto é infectado através da placenta, aumenta o risco de causar um natimorto e deficiências no bebê.
De acordo com o NIID, casos de sífilis congênita vêm aumentando nos últimos anos, com 20 reportados em 2002. Neste ano, 6 foram confirmados até 5 de abril.
“Há uma possibilidade de que casos de sífilis congênita aumentem junto com os de sífilis comum”, disse o professor Satoshi Takahashi da Universidade Médica de Sapporo, que lidera a Sociedade Japonesa para Infecções Transmitidas Sexualmente.
“A sífilis é uma doença curável, então as pessoas devem se submeter a testes sem hesitação se elas têm sintomas incômodos ou preocupantes”.
Fonte: Yomiuri