Moscou critica declarações na cúpula em Hiroshima como ‘anti-Rússia e anti-China’

A declaração diz que o G7 está literalmente fixado em um confronto abrangente com a Rússia.

Bandeira da Rússia hasteada (banco de imagens)

O Ministério de Relações Exteriores da Rússia acusou as declarações dos líderes do G7 de transbordar linguagem de ódio “anti-Rússia e anti-China”.

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De acordo com reportagem da NHK, a declaração foi divulgada pelo ministério russo no domingo (21) após a cúpula do G7 na cidade de Hiroshima ter sido encerrada no início do dia.

A declaração diz que o G7 está literalmente fixado em um confronto abrangente com a Rússia.

Ela insiste que os esforços dos EUA lideraram o G7 a assumir funções de sedes para configurar a escala e tempo de fornecimentos militares para a Ucrânia.

O documento também diz que os líderes do G7 são persistentes em demonstrar suas intenções de causar uma “derrota estratégia” da Rússia.

Em uma referência ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que viajou ao Japão e conversou com os líderes do G7 e outros, a declaração diz que o grupo das 7 nações mais desenvolvidas do mundo trouxe o líder do regime de Kiev para a cúpula e transformou a reunião em um “show de propaganda”.

A declaração argumenta que o G7 está buscando conquistar países não ocidentais para seu lado a fim de impossibilitar o desenvolvimento de suas relações com a Rússia e China.

Entretanto, o documento enfatiza que o G7 não pode refletir os interesses da região Ásia-Pacífico, Sul da Ásia, Oriente Médio, África ou América Latina.

A declaração chama a escolha de Hiroshima como local da cúpula do G7 de “cínica e desrespeitosa”.

Ela afirma que o Japão e os EUA se recusam a admitir suas responsabilidades pelo que a Rússia denomina como a “guerra agressiva” no Extremo Leste e os “bárbaros” bombardeios atômicos em cidades japonesas.

Fonte: NHK

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Lula foi o único com quem Zelensky não teve reunião no G7

Publicado em 22 de maio de 2023, em Política

O presidente da Ucrânia falou sobre isso com uma pitada de humor.

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em coletiva de imprensa no domingo, em Hiroshima (JNN)

A cúpula do G7 realizada em Hiroshima foi encerrada no domingo (21) e contou com a presença do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

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Ele visitou o Museu da Memorial da Paz de Hiroshima em companhia do primeiro-ministro do Japão, o anfitrião Fumio Kishida. Mais tarde, em seu discurso disse que embora não tenha sido atacada com arma nuclear, a cidade de Bakhmut foi completamente destruída pelas tropas da Rússia, tal qual as imagens que viu no museu.

Pediu pela paz no seu país, mas também por reforços bélicos para colocar fim ao conflito. 

Antes de sua fala, Zekensky teve reuniões bilaterais com todos os chefes de Estado presentes na cúpula, exceto com o presidente do Brasil, Lula.

Questionado pela jornalista do Bloomberg de Londres, sobre o motivo disso, e se foi por que Lula e o governo chinês estariam fomentando apoio financeiro a Rússia, respondeu que “não tenho provas de que o Brasil, China e Índia estejam fazendo isso, mas estamos tomando medidas para que isso não aconteça. E também, o fato de todos estarmos reunidos aqui hoje é uma mensagem importante. Pela concretização da fórmula da paz, estamos recebendo apoio de muitos países” e emendou dizendo que “cada um (dos líderes) tem sua agenda, por isso, não pude me encontrar com o presidente do Brasil”.

A jornalista perguntou se não ficou decepcionado e Zelensky respondeu com uma pitada de humor que “ele é que deve ter ficado desapontado”, se referindo a Lula

Vale lembrar que Lula criticou Joe Biden no G7 por apoiar a Ucrânia, dizendo que isso “não faz sentido” para alcançar a paz e que a questão ucraniana deve ser discutida nas Nações Unidas e não no âmbito do “G7, que é hostil à Rússia”. 

Na cúpula do G7 em Hiroshima, um dos pontos focais foi o fortalecimento da cooperação com os países emergentes e em desenvolvimento, incluindo o Brasil, conhecidos como Sul Global, onde muitos países adotam uma postura neutra sobre a invasão russa na Ucrânia. 

Assista ao vídeo já posicionado no momento da pergunta da jornalista. Caso queira assistir à transmissão feita ao vivo, volte o vídeo no começo.

Fontes: Asahi, Tokyo Shimbun, JNN e Kyodo

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