O número de pessoas que sofre de diabetes no mundo vai mais que dobrar para 1,3 bilhão até 2050, conduzido pelo racismo estrutural e desigualdade entre países, previu nova pesquisa na divulgada nesta sexta-feira (23).
Todo país no globo verá um aumento no número de pacientes com a doença crônica, de acordo com a análise mais compreensiva de dados globais projetando até 2050.
Estima-se que cerca de 529 milhões de pessoas já estejam convivendo com a diabetes, uma das 10 principais causas de morte e deficiência.
Esse número, 95% dos quais são casos de diabetes tipo 2, ultrapassará 1,3 bilhão em menos de 3 décadas, de acordo com um estudo publicado no jornal Lancet.
Alto índice de massa corporal, um indicador de que as pessoas poderiam estar com sobrepeso, estava ligado a mais da metade das mortes e deficiência em decorrência da diabetes.
Outros fatores incluem as dietas das pessoas, exercícios, fumo e álcool.
Liane Ongm cientista líder de pesquisa no Instituto para Saúde Métrica e Avaliação (IHME) e primeira autora de um dos estudos, disse que um fator era como a dieta havia mudado.
“Ao longo de 30 anos, diferentes países realmente migraram de hábitos alimentares tradicionais, talvez consumindo mais frutas e vegetais, para comidas altamente processadas”, disse ela à agência de notícias Associated Press.
A pesquisa também estimou que até 2045, três quartos dos adultos com diabetes viverão em países de baixa e média renda,
O coautor do estudo, Leonard Egede, do Colégio Médico de Wisconsin, culpou uma “cascata de desigualdade expandida de diabetes”
“Políticas racistas como segregação racial afetam onde as pessoas vivem, seus acessos à comida saudável suficiente e serviços de cuidados de saúde”, disse ele em uma declaração.
Fonte: Channel News Asia