Uma médica nos EUA decapitou um bebê durante um parto que parecia um “pesadelo”, afirmou um processo judicial.
A Dra. Tracey St Julian está sendo processada por negligência grave pelos pais Jessica Ross e Treveon Taylor, ambos de 21 anos, cujo filho morreu no Hospital Regional do Sul, no estado de Geórgia, durante um parto complicado.
Seus advogados afirmaram que a médica usou muita força durante o parto.
Vários profissionais de enfermagem também estão sendo processados pelo incidente, divulgou a rede BBC.
Cory Lynch, um dos advogados da equipe jurídica, disse que o casal estava “muito ansioso com o nascimento do primeiro filho”.
“Infelizmente, seus sonhos e esperanças se tornaram em um pesadelo que foi coberto pelo Centro Médico Regional do Sul”, disse ele.
O escritório de Médicos Legistas e a Polícia do Condado de Clayton estão investigando o caso, sobre o qual eles foram informados em 13 de julho, embora a morte tenha ocorrido em 9 do mesmo mês.
O parto
De acordo com a declaração do advogado, a Dra. St Julian tentou fazer o parto vaginal usando métodos diferentes incluindo “aplicar tração na cabeça do bebê”.
Roderick Edmond, outro advogado que estava representando os pais e que também é médico, alegou que a Dra. St Julian havia aplicado “força absurdamente excessiva” contra o bebê.
“A Dra. St Julian entrou e no processo de tentar fazer o parto, puxou a cabeça e pescoço da criança com tanta força, e os manipulou tão duramente, que os ossos do crânio, face e pescoço foram quebrados”.
“Quando a barriga foi aberta, os pés saíram, o corpo saiu e não havia cabeça”, disse ele.
Não foi possível realizar o parto normal devido a uma distocia de ombro, o que significa que os ombros do bebê ficaram presos no canal vaginal.
A médica, uma obstetra e ginecologista certificada pelo conselho, não procedeu com uma cesárea no tempo apropriado, como previamente solicitado pelo casal, diz o processo.
Negligência grave
O casal participou de uma coletiva de imprensa na quarta-feira (9) em Atlanta onde seus advogados anunciaram o processo contra a Dra. St Julian e o Centro Médico Regional do Sul, um hospital em Riverdale.
Lynch alegou em detalhes ilustrativos que as medidas tomadas por funcionários para cobrir o incidente terrível incluíram enrolar o corpo do bebê em um cobertor e apoiar a cabeça para fazer parecer que ela ainda estava junto.
O casal apenas descobriu o que havia acontecido com o filho quando fazia os preparativos para o crematório, 4 dias após a sua morte, de acordo com o processo.
O processo alega negligência grave, fraude e inflição intencional de sofrimento emocional. A ação busca indenização não especificada, além de cobertura para o custo do funeral do bebê de US$10 mil.
A Dra. St Julian ainda não apresentou defesa e não emitiu um comentário público sobre o caso.
Fonte: Straits Times