A cobra extraordinária tem dois nomes, um para cada cabeça: Pancho e Lefty (Facebook/Cameron Park Zoo)
Após mais de 2 anos sem aparecer para o público porque estava se recuperando de um ferimento, uma rara cobra-rato ocidental está de volta em exibição em um zoológico no Texas, nos EUA, sendo o centro das atenções novamente.
A cobra extraordinária tem dois nomes, um para cada cabeça: Pancho e Lefty. Ela está agora habitando um recinto especialmente projetado no Cameron Park Zoo em Waco.
Pancho e Lefty chegaram pela primeira no zoológico em 2016. Uma mulher que vive perto de Waco avistou a cobra em seu jardim quando o réptil era apenas um bebê.
Na época, biólogos estimaram que a criatura de 20cm tinha entre 6 e 8 semanas de vida. A cobra passou por um período de quarentena de 18 meses antes de ser colocada em exibição no ano de 2018.
A cobra tem uma condição rara chamada bicefalia, que ocorre quando um único embrião começa a se dividir em gêmeos idênticos, mas falha em se separar completamente.
Quando essa situação ocorre em humanos, ela é conhecida como gêmeos siameses. Cientistas podem rastrear o fenômeno há pelo menos 150 milhões de anos, graças à descoberta de um fóssil de réptil de duas cabeças onde é hoje a China.
Contudo, tentar navegar o mundo com duas cabeças – e, portanto, dois cérebros – é desafiador. Visto que o corpo de Pancho e Lefty recebe sinais de dois centros de comando, seus movimentos são descoordenados.
Em fevereiro de 2021, a cobra acabou sofrendo um ferimento em seu pescoço esquerdo enquanto tentava se movimentar em duas direções diferentes de uma vez. Cuidadores no zoológico removeram a cobra da exibição pública a fim de dar tempo para ela se recuperar.
O ferimento levou mais de 1 ano para sarar, então os veterinários decidiram dar ao réptil mais um ano adicional fora da exibição a fim de se recuperar completamente.
A cobra tem 8 anos e mede de 60 a 90cm, segundo reportagem do Dallas Morning News. É um pouco pequena para uma cobra-rato ocidental, que tipicamente cresce entre 90 e 152cm, de acordo com o Laboratório de Ecologia de Rio Savannah da Universidade de Georgia.
Fonte: Smithsonian Magazine
