A nova variante Pirola tem mais de 30 mutações em sua proteína spike (ilustrativa/banco de imagens)
Uma nova variante do coronavírus que se espalha rapidamente soou alarme para especialistas em saúde pública nos EUA em meio a um aumento de casos em todo o país.
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Médicos alertaram que a BA.2.86 – chamada não oficialmente de “Pirola” – pode ser causa de preocupação, visto que ela é uma variante que sofreu alta mutação e foi recém-designada, desencadeando um aumento de ocorrências em vários países.
De acordo com um boletim no Yale Medicine na semana passada, a nova variante tem mais de 30 mutações em sua proteína spike – localizada na parte exterior de um coronavírus – que a ajuda a entrar e infectar células humanas.
“Tal número alto de mutações é notável”, disse o Dr. Scott Roberts, especialista em doenças infecciosas.
“Quando fomos da XBB.1.5 (Ômicron) para a EG.5 (Eris), essa talvez foi de uma a duas mutações. “Mas essas mudanças massivas, que também vimos da Delta para a Ômicron, são preocupantes”.
O número alto de mutações poderia significar que a variante pode evadir as respostas imunes do corpo, ocasionadas por infecção ou vacinação.
“Ninguém sabe ao certo, mas estudos estão em andamento”, disse o Dr. Roberts.
O relatório preliminar do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) sobre a variante BA.2.86 diz que atualmente não há evidência de que a Pirola cause mais doença grave, morte ou hospitalizações.
A variante BA.2.86 foi detectada na Dinamarca, Israel, Canadá, Suécia, Reino Unido e nos EUA.
O fato de que a cepa foi detectada em pelo menos 6 países e esses casos não estão relacionados, “sugere certo grau de transmissão na comunidade (internacional) que não estamos detectando”, explicou o Dr. Roberts.
“A grande pergunta é se a BA.2.86 tem o mesmo crescimento exponencial da Ômicron – em termos de números de casos – ou se ela desaparecerá, o que certamente é o que todo mundo quer”, disse ele.
O lado bom, de acordo com o Dr. Roberts, é que “o mundo agora não está tão vulnerável à doença severa ou infecção” da Covid-19 como em 2020 porque há um grau maior de imunidade de rebanho devido ou à vacinação ou infecção passada.
Fonte: The Independent