A Polônia disse na quarta-feira (20) que não vai mais fornecer armas para a Ucrânia e, ao invés disso, vai focar em sua própria defesa, enquanto os dois aliados discordaram em um momento importante na retaliação de Kiev contra a invasão russa.
Em uma briga contínua em relação a exportações de grãos da Ucrânia, a Polônia convocou o embaixador ucraniano para protestar contra comentários nas Nações Unidas feitas pelo presidente Volodymyr Zelensky.
O líder ucraniano disse que alguns países estavam apenas fingindo dar suporte para sua nação enquanto o país trava contraofensiva para retomar terra tomada pela Rússia. Varsóvia se ofendeu com isso.
A Polônia vinha sendo um dos apoiadores mais convictos da Ucrânia após a invasão russa em fevereiro de 2022, e um dos principais fornecedores de armas de Kiev.
Muitos dos armamentos que os EUA e outros países enviam para a Ucrânia passam pela Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia no oeste.
A Polônia também abriga cerca e 1 milhão de refugiados ucranianos, que foram beneficiados com vários tipos de ajuda do estado.
Tensões entre Varsóvia e Kiev foram desencadeadas por uma proibição polonesa sobre importações de grãos da Ucrânia, com a meta de proteger seus próprios agricultores.
O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, foi questionado na quarta-feira (20) se seu país continuaria a apoiar Kiev, apesar desse conflito.
“Não estamos mais transferindo armas para a Ucrânia, porque estamos agora equipando a Polônia com mais armas modernas”, disse Morawiecki.
Fonte: France 24