A varejista de baixo custo chinesa Temu está dominando lojas de apps no Japão e Coreia do Sul em sua categoria, destronando a rival Shein após sua expansão de sucesso em mercados ocidentais.
“A Temu expandiu rapidamente sua marca além dos EUA e em várias geografias internacionais e acreditamos que ela está agora disponível em mais de 40 países onde continuamos a ver oportunidade para crescimento nos trimestres à frente”, disse o grupo financeiro Goldman Sachs em um relatório de 4 de outubro.
A empresa de investimento estimou que a Temu, de propriedade da PDD Holdings, “agora gera mais de US$1 bilhão (em valor de transação mensal)” e espera “crescimento contínuo no segundo semestre de 2023”.
Foi estimado que sua rival Shein esteja no caminho de atingir US$30 bilhões em valor de transação no ano de 2022, de acordo com reportagens da mídia.
A Temu superou a Shein no Japão e na Coreia do Sul ao ficar no topo dos rankings de apps de compras nesses locais por um período de tempo mais longo, de acordo com análise da data.ai compartilhada com o site CNBC.
Desde seu lançamento no Japão em julho até 2 de novembro, “a Temu foi classificada em 1º em downloads diários de apps de compras no iOS e Google Play no Japão por 101 de 124 dias”, disse a companhia de dados de análise de apps.
Em comparação, a Shein passou apenas 17 dias no topo nas lojas de apps no mesmo período no Japão.
A Temu foi a mais rápida a alcançar 4 milhões de downloads no Japão, levando cerca de 121 dias, comparada com a Shein que levou 155 dias, de acordo com a data.ai. O marketplace japonês Mercari levou 427 dias e a Amazon 660 dias, mostraram dados.
Similarmente na Coreia do Sul, a Temu foi classificada em 1º em downloads diários de apps de compras no iOS e Google Play por 65 de 93 dias de agosto a 2 de novembro, superando o AliExpress (25 dias) enquanto a Shein ficou entre as 5 top.
A rivalidade entre a Temu e a Shein se estende para fora do espaço e-commerce, chegando ao tribunal.
A Shein processou a Temu em dezembro por violação de propriedade intelectual enquanto a Temu acusou a Shein em julho de ameaçar e forçar fabricantes em acordos de exclusividade.
Entretanto, documentos recentes mostraram que ambas as partes solicitaram o encerramento de ações judiciais uma contra a outra.
Fonte: CNBC