A JAL e a ANA dizem que não têm planos de suspender suas proibições em relação a pets acompanhando passageiros na cabine (ilustrativa/banco de imagens)
Apesar de protestos de amantes de animais após um cão e um gato terem morrido no compartimento de carga do avião da Japan Airlines (JAL) que colidiu com uma outra aeronave no Aeroporto de Haneda (Tóquio) em 2 de janeiro, as duas principais companhias aéreas do Japão dizem que não têm planos de suspender suas proibições em relação a animais de estimação acompanhando passageiros na cabine.
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A JAL e a All Nippon Airways (ANA) estão sob pressão para repensarem sobre suas políticas, as quais exigem que animais viajem em contêineres seguros no compartimento de carga das aeronaves, com amantes de animais apontando que outras companhias aéreas internacionais permitem animais com seus donos na cabine.
A Star Flyer, companhia aérea japonesa com sede em Fukuoka, começou a permitir que passageiros tragam animais de estimação de pequeno porte a bordo de voos em 15 de janeiro, em um esforço para atrair mais viajantes.
Embora anteriormente a JAL e a ANA permitiam que animais viajassem nas cabines de seus aviões, as companhias aéreas disseram que suspenderam essas políticas em grande parte devido ao feedback dos clientes.
“No passado, passageiros podiam levar seus pets na cabine, mas recebemos muitos comentários negativos de outros viajantes sobre reações alérgicas, enquanto outros se queixaram do odor e barulho excessivo”, disse a porta-voz da JAL, Saiko Kuwasaki.
A ANA opera uma política similar, disse a porta-voz Anna Mukai.
“Tanto para voos domésticos como para os internacionais, o transporte de pets pode ser aceito apenas no compartimento de carga”, disse ela.
Yoshimoto Aoki, jornalista que cobre a indústria da aviação do Japão, disse que a segurança é uma outra grande consideração para companhia aéreas – e mais ainda desde o acidente no início de janeiro no Aeroporto de Haneda, em que um avião da JAL com 379 pessoas a bordo colidiu com um da Guarda costeira na pista, matando 5 dos 6 tripulantes a bordo da aeronave menor.
Permitir que passageiros tragam seus pets para a cabine também poderia ameaçar a evacuação rápida de um avião no momento de um acidente, disse Aoki, citando que a tripulação da JAL foi elogiada por ajudar os passageiros de forma eficiente a escaparem antes da aeronave ser engolida pelas chamas.
Pets dentro de um contêiner são considerados como bagagem, e um passageiro é proibido de tentar deixar uma aeronave que se envolveu em um acidente com qualquer pertence”, disse ele.
“Isso significa que se alguém tiver que abandonar a aeronave, essa pessoa não pode levar seu pet junto”.
“Eu acredito que a maioria dos donos de animais de estimação não seguiria essa regra, então há um risco sério associado a permitir animais nas cabines”.
Fonte: SCMP