A Omron, um importante fabricante de equipamentos eletroeletrônicos que desenvolve e fornece soluções de automação industrial e de saúde, além de diversos dispositivos eletrônicos, com sede em Quioto, anunciou que irá cortar 2 mil postos de trabalho, tanto no Japão quanto no exterior, em resposta à deterioração do desempenho empresarial devido ao abrandamento da economia chinesa.
Desse total, a Omron deverá solicitar a demissão voluntária de cerca de mil funcionários do Japão, o que corresponde a 10% do quadro atual.
Os candidatos alvo para isso são os que estão empregados há mais de 3 anos e que tenham mais de 40 anos de idade, com recrutamento entre abril e maio deste ano.
Esta é a primeira vez em cerca de 22 anos, desde 2002, que a empresa solicita demissão voluntária.
A Omron realizou uma coletiva de imprensa online na noite de segunda-feira (26), ocasião em que anunciou a reforma estrutural da empresa por causa do agravamento do desempenho da sua principal atividade, de equipamentos de controle, na China.
Este mês, a Omron revisou para baixo a sua previsão de lucros para o atual ano fiscal, revelando que o seu lucro final seria de 1,5 bilhão de ienes, uma queda de 98% em relação ao ano fiscal anterior.
“Devemos reconstruir a nossa gestão o mais rápido possível. A curto prazo, será doloroso, mas através de uma série de iniciativas, poderemos nos transformar em uma empresa que crescerá ainda mais forte”, disse Junta Tsujinaga, CEO da Omron.
A Omron é bem conhecida entre os consumidores finais pelos produtos relacionados à saúde como termômetros e monitores de pressão arterial. Mas, eles representam apenas pouco menos de 20% das vendas totais.
Os principais produtos que engrossam as vendas são os equipamentos de controle, como robôs e sensores usados nas linhas de fábrica. No ano fiscal de 2022, foi responsável por aproximadamente 55% das vendas e 85% do lucro operacional em toda a empresa.
Fontes: NHK e Toyo Keizai