O presidente russo Vladimir Putin alertou países no Ocidente na quinta-feira (29) que havia um risco genuíno de guerra nuclear se eles enviarem suas tropas para combater na Ucrânia, e disse que Moscou tinha armas para atingir alvos na região.
A guerra na Ucrânia desencadeou a pior crise nas relações de Moscou com o Ocidente desde a dos mísseis de Cuba em 1962.
Endereçando ao parlamento e a outros membros da elite do país, Putin, de 71 anos, repetiu suas acusações de que o Ocidente está se flexionando para enfraquecer a Rússia.
Ele sugeriu que líderes no Ocidente não entendiam o quão perigoso suas intromissões poderiam ser no que ele lança como assuntos internos da Rússia.
Ele introduziu seu alerta com uma referência específica a uma ideia, lançada pelo presidente francês Emmanuel Macron em 26 de fevereiro, de membros europeus da Otan enviando tropas em terra para a Ucrânia. A sugestão foi rapidamente rejeitada pelos EUA, Alemanha, Reino Unido e outros.
“Nações no Ocidente devem reconhecer que também temos armas que podem atingir alvos em seus territórios. Tudo isso realmente ameaça um conflito com o uso de armas nucleares e a destruição da civilização”, disse Putin.
Falando antes de uma eleição presidencial em meados de março em que Putin certamente será reeleito por mais 6 anos, ele elogiou o que disse ser o arsenal nuclear vastamente modernizado da Rússia, o maior no mundo.
O líder veterano do Kremlin descartou como “absurdas” sugestões do Ocidente de que as forças russas podem ir além da Ucrânia e atacar países europeus.
Putin disse que Moscou estava aberta para discussões sobre estabilidade nuclear estratégica com os EUA, mas sugeriu que Washington não tinha interesse genuíno em tais conversas e estava mais focado em afirmações falsas sobre as metas alegadas de Moscou.
Fonte: Straits Times