Foto ilustrativa de lítio (Wikimedia)
A gigantesca empresa japonesa Mitsui & Co. anunciou na quinta-feira (28) que garantiu o concentrado de espumodênio, fonte do lítio, necessário para produzir baterias para um milhão de veículos elétricos (EVs).
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O lítio (Li na tabela periódica) é um metal alcalino raro e essencial para a fabricação de baterias recarregáveis e produtos de alta tecnologia.
Espera-se que a refinação continue na China por enquanto, mas também é considerada fora do território chinês. A ideia é garantir um fornecimento estável desse suprimento importante.
A empresa investirá 30 milhões de dólares ou aproximadamente 4,5 bilhões de ienes, para adquirir uma participação de aproximadamente 12% na Atlas Lithium, uma empresa norte-americana que está desenvolvendo um projeto de exploração de uma mina de lítio no Vale de Jequitinhonha, no estado de Minas Gerais, no Brasil.
Paralelamente, a empresa japonesa assinou contrato para movimentar um total de 75 mil toneladas em pouco mais de cinco anos, com início de produção previsto para 2024. Essa quantidade de lítio será vendida para fabricantes nacionais e estrangeiros de VEs e também de baterias recarregáveis.
Há uma grande demanda de lítio e deverá continuar com a expansão dos VEs. A Austrália e o Chile são as maiores fornecedoras por causa de suas minas, mas o concentrado de espodumênio (principal fonte de lítio) do Projeto Neves da Atlas Lithium é de boa qualidade e os custos operacionais são mantidos baixos devido à localização da mina, o que a torna competitiva.
As 300 mil toneladas de concentrado de espodumênio a serem obtidas nesse projeto, equivalem a aproximadamente 1 milhão de veículos elétricos, segundo a Atlas.
A Mitsui atua no Brasil desde a década 1970, com investimentos nas áreas de mineração, energia, entre outros.
Segundo comunicado da empresa japonesa, “a participação neste negócio de mineração de lítio fortalecerá ainda mais o nosso portfólio de negócios na indústria de baterias e contribuirá para o estabelecimento de cadeias de valor de baterias estáveis e confiáveis”, de acordo com a publicação da EPBR, uma agência de notícias de energia e política energética na quinta-feira (28).
Fontes: Asahi e EPBR