A BYD (Build Your Dreams) da China lançou a picape híbrida Shark no México na terça-feira (14), rebatendo o aumento de tarifas sobre veículos elétricos dos EUA e aumentando sua presença na América do Norte.
De acordo com o site do MSN, a Shark ostenta posição da BYD no mercado norte-americano ao competir diretamente com as estabelecidas Ford, General Motors e Toyota.
Ela está agora acessível apenas no México, de acordo com executivos, e marca a primeira vez que a maior fabricante de veículos elétricos do mundo lançou um produto fora de seu país de origem.
A BYD escolheu o México devido à demanda que cresce rapidamente no país para picapes, de acordo com Stella Li, chefe das Américas.
O evento de revelação no México ocorreu horas após o presidente dos EUA, Joe Biden, ter anunciado aumentos de tarifas significantes em uma variedade de importações chinesas, afirmando táticas competitivas injustas. Taxas sobre veículos elétricos chineses dobraram para mais de 100%.
A Representa de Comércio dos EUA, Katherine Tai, confirmou posteriormente que os EUA estão considerando taxas sobre importações mexicanas.
Em uma entrevista junto à agência Reuters após o evento, Li declarou que aumentos de tarifas nos EUA não influenciam a BYD, a qual quer construir uma planta no México.
“Não temos planos de ir para o mercado nos EUA, então esse anúncio não nos causa impacto de forma alguma”, disse Li.
O envolvimento de montadoras chinesas no México aumentou dramaticamente desde 2017.
No ano passado, 1 em cada 10 carros vendidos no México veio de uma montadora chinesa, com a MG Motors, uma subsidiária da SAIC, contando por cerca da metade do mercado.
A Shark da BYD competirá no México com picapes de pequeno e médio porte como a Toyota Tacoma e a Ford Ranger.
O preço inicial do modelo Shark GL é de 899.980 pesos (US$53.442) e para o Shark GS é de 969.800 pesos (US$57.588).
De acordo com a BYD, a picape Shark percorre até 100Km em modo VE ante de precisar ser recarregada, e até 840Km quando usa tanto o modo elétrico como de combustão.
Fonte: EconoTimes