Casos anuais da síndrome do choque tóxico estreptocócico (STSS, sigla em inglês), ou infecção por “bactéria comedora de carne”, uma doença com taxa de mortalidade extremamente alta, alcançaram nível recorde no Japão.
A doença é uma infecção causada principalmente pela bactéria estreptococo hemolítico do grupo A. Seus sintomas graves pioram rapidamente e podem ser fatais dentro de um curto período.
De acordo com o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID), 1.060 pacientes haviam sido reportados até 16 de junho deste ano, excedendo o número recorde de 941 registrados no ano passado em cerca de 6 meses. Dos 335 casos reportados até março deste ano, 77 pessoas morreram.
Os sintomas da STSS geralmente começam com dor e inchaço nos braços e pernas, febre e queda na pressão sanguínea, seguidos por necrose dos membros e falência de múltiplos órgãos, resultando em um estado de choque.
O tratamento envolve o uso de medicamentos antibactericidas e remoção cirúrgica do tecido necrosado. É uma infecção muito grave com taxa de mortalidade de cerca de 30%.
A bactéria estreptococo hemolítico geralmente causa “faringite aguda” com sintomas como dor de garganta e febre.
A razão para o grande número de pacientes não é clara, mas acredita-se que seja pelo aumento de pessoas com faringite aguda causada pela bactéria estreptococo hemolítico do grupo A desde o verão passado.
Essa infecção tende a ser reportada mais frequentemente entre os idosos, mas o mecanismo da patogênese não está claro.
Dizem que a bactéria estreptococo hemolítico é facilmente transmitida por gotículas da tosse e espirro, assim como de feridas.
Medidas básicas de prevenção como lavar as mãos, desinfecção, etiqueta ao tossir e manter feridas limpas, são consideradas eficazes.
Uma vez que a pessoa desenvolve a doença, o tratamento é uma corrida contra o tempo. Se houver febre ou dor e inchaço de uma ferida, vá a uma instituição médica imediatamente.
Fonte: Mainichi