O Ministério da Saúde do Japão aprovou um medicamento usado no tratamento de HIV para propósitos de prevenção também, anunciou na quarta-feira (28) a farmacêutica dos EUA Gilead Sciences, marcando a primeira vez que tal medicação recebeu luz verde para utilização como profilaxia pré-existente (PrEP) no país.
O medicamento, conhecido pela marca Truvada, é também o primeiro aprovado no Japão para tratar e prevenir HIV, que causa o vírus da Aids.
O Truvada, desenvolvido pela Gilead Sciences, vem sendo amplamente usado em todo o mundo para prevenir infecções por HIV há mais de uma década.
Aprovado pela primeira vez como prevenção nos EUA em 2012, ele tem ganhado a aprovação de dezenas de jurisdições, incluindo a União Europeia, Coreia do Sul, China e Taiwan.
O Japão aprovou o Truvada em 2005 apenas para tratamento do HIV.
Embora o Truvada venha sendo usado globalmente como prevenção ao HIV há anos, o movimento para expandir seu uso como PrEP – medicação para prevenir infecções por HIV – no Japão tem sido lento.
Desde 2021, 144 países reportaram que adotaram as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de um PrEP oral, as quais pedem que as pessoas com risco substancial de contrair HIV recebam-no como medida adicional de prevenção, em suas diretrizes nacionais. O Japão não foi um deles.
A Sociedade Japonesa para Pesquisa da Aids apresentou em 2018 uma petição ao Ministério da Saúde para expandir o uso do Truvada a fim de incluir prevenção, e novamente em 2021, em que ela manifestou preocupações em relação às pessoas conseguindo tal medicamento por conta na internet sem orientação médica apropriada.
O PrEP reduz o risco de infecção por relação sexual em cerca de 99% quando tomado como prescrito, e como medicamento injetável em pelo menos 74%, de acordo com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.
Em 2023, o número de casos de HIV no Japão aumentou pela primeira vez em 7 anos.
Dados preliminares do Ministério da Saúde mostraram um total de 960 novos casos positivos de HIV e Aids no ano passado.
Fonte: Japan Times