Fortes rajadas de vento afetaram uma cidade na central da China, fazendo com que roupas penduradas nas casas das pessoas voassem, após autoridades terem estimulado chuva artificialmente para combater uma severa onda de calor.
Os ventos inesperados de até 122Km/h em Chongqing, apelidados de “crise das roupas íntimas de Chongqing de 2 de setembro”, levaram à especulação de que semeadura de nuvens foi responsável pela dispersão de roupas deixadas para secar nas varandas de apartamentos em andares superiores.
O sudoeste da China vem sofrendo sob uma onda de calor incomumente tardia, com temperaturas variando entre 35ºC e 40ºC, fechando escolas e atrasando o início da temporada de outono.
Em uma tentativa de combater o calor, autoridades locais teriam estimulado chuva artificial, uma técnica conhecida como semeadura de nuvens, a qual envolve dispersar substâncias químicas como iodeto de prata nas nuvens para provocar chuva.
Na China, autoridades admitiram ter usado semeadura de nuvens para gerar chuva, mas mantêm que isso não causou os ventos fortes subsequentes. Cerca de 200 foguetes para semeadura de nuvens foram disparados, resultando em chuva.
Zhang Yixuan, vice-diretor do Escritório de Modificação Climática de Chongqing, atribuiu a forte ventania a uma convecção (movimento ascendente ou descendente) que ocorre naturalmente.
Residentes continuaram céticos, compartilhando suas experiências na mídia social.
“Eu acabei de sair e repentinamente começou a chover muito forte e roupas íntimas caíram do céu”, disse uma residente na plataforma de mídia social Weibo.
O incidente espalhou milhares de comentários sobre a “crise de roupas íntimas”.
Uma hashtag sugerindo “se você pensa que cometeu erros no trabalho, simplesmente pense no Departamento Meteorológico de Chongqing”, acumulou 18 milhões de engajamentos, divulgou o site The Guardian.
Desenvolvida pela primeira vez nos anos 1940, a semeadura de nuvens vem sendo utilizada em mais de 50 nações, incluindo China, EUA, Austrália, Tailândia e Rússia, embora seus possíveis efeitos colaterais continuem escassamente estudados.
Fonte: The Independent