O resultado segue a alta recorde de 92,8% registrada em 2013 (ilustrativa/banco de imagens)
A proporção de chineses com impressão desfavorável do Japão em 2024 aumentou acentuadamente ante o ano anterior para cerca de 90%, marcando o segundo nível mais alto, mostrou na segunda-feira (2) uma pesquisa anual, enquanto os 2 vizinhos asiáticos continuam em discordância em várias questões.
O número aumentou 24,8 pontos percentuais ante 2023, em meio a tensões persistentes em torno de ilhas controladas pelo Japão e reivindicadas pela China no Mar do Leste da China, conflitos sobre histórias de tempo de guerra e o descarte contínuo do Japão de água radioativa tratada de Fukushima Daiichi no oceano.
Na pesquisa conjunta conduzida pela think tank japonesa sem fins lucrativos Genron NPO e o China International Communciations Group, entrevistados chineses com uma impressão “má” ou “relativamente má” do Japão situou-se a 87,7%.
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O resultado segue a alta recorde de 92,8% registrada em 2013, quando relações bilaterais estavam particularmente tensas após a ação do ano anterior por parte do Japão de trazer as ilhas Senkaku sob controle estatal. A pesquisa é conduzida desde 2005.
Em um questionário de múltipla escolha pedindo aos entrevistados chineses para explicar suas impressões negativas, 45,5%, o maior grupo, citou “confronto” desencadeado pela ação do Japão sobre as ilhas Senkaku.
Muitos também tocaram no assunto sobre a posição do Japão em relação a Taiwan, uma ilha autogovernada a qual a China vê como seu próprio território, e percepções históricas.
Em um outro sinal de sentimento em deterioração, o número de entrevistados chineses com impressão favorável ou relativamente favorável do Japão caiu 24,7 pontos percentuais ante o ano anterior para 12,3%.
Enquanto isso, entrevistados japoneses com impressão má ou relativamente má da China caiu 3,2 pontos para 89%.
Com a pesquisa mostrando mais chineses obtendo informações sobre o Japão online, Yasushi Kudo, que lidera o Genron NPO, disse em uma coletiva de imprensa em Tóquio que “opiniões negativas podem ser facilmente amplificadas”, como por exemplo através da mídia social.
A pesquisa mais recente foi conduzida de meados de outubro ao início de novembro, coletando respostas válidas de mil pessoas no Japão e 1,5 mil na China com idade igual ou superior a 18 anos.
Fonte: Japan Today
