Atendendo um cliente em seu salão (Guinness)
A japonesa Shitsui Hakoishi ouviu da representante oficial: “O Guinness World Records a reconhece como a barbeira mais velha do mundo“, quando recebeu o certificado já emoldurado, na quarta-feira (5).
Shitsui tem 108 anos e ainda continua ativa, em seu salão de barbearia, a cerca de 3 horas de carro de Tóquio, na cidade de Nakagawa (Tochigi), um local cercado de montanhas.
Nesse local, a japonesa, barbeira mais velha do mundo, ainda conserva uma tesoura que usa desde o período pós-guerra.
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Guerra e tragédias: a força dessa mulher
Nascida em 1916, em plena Primeira Guerra Mundial. Aos 14 anos decidiu se tornar aprendiz de um salão em Tóquio. Sozinha, fez as malas e foi para a “cidade grande”. Aos 18 anos, Shitsui passou no exame da profissão de barbeiro e logo se tornou popular nos salões onde trabalhava. Aos 24 anos, se casou com Jiro, abriu seu próprio salão e tiveram 2 filhos.
Mas a tragédia logo aconteceu. Jiro foi recrutado para o exército durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa e morreu. O salão da japonesa barbeira, que também era sua casa de família, foi reduzido a cinzas durante o bombardeio de Tóquio pelos militares dos EUA.
Felizmente, Shitsui e seus filhos estavam seguros, pois já haviam sido evacuados para sua cidade natal em Tochigi.
Japonesa barbeira e os seus “3 nunca”
Quando recebeu o certificado da representante do Guinness (JNN)
Em 1953, Shitsui abriu o salão Rihatsu Hakoishi na cidade de Nakagawa, onde trabalha até hoje.
Tem como filosofia “3 nuncas”: nunca guardar rancor, nunca ter ciúmes e nunca brigar com os outros. Foi algo que a mãe de Shitsui lhe ensinou. Disse que machucar os outros sempre volta para se ferir.
A japonesa Shitsui passa a maior parte do tempo em uma casa de repouso, mas ainda consegue cuidar de si mesma. E sempre que seus antigos clientes ligam para um corte de cabelo, estará lá.
Aposentadoria? Nem pensar, declarou que pretende trabalhar até os 110 anos, embora tenha 94 anos de tempo de profissão, contando o período em que foi aprendiz.
É uma bela lição de vida.
Fontes: divulgação e JNN
