Lula conseguiu vender a carne bovina? Veja os acordos comerciais com o Japão

A visita de Lula ao Brasil, com sua comitiva de mais de cem pessoas, rendeu alguns acordos comerciais. E o desafio dos 20 anos da carne, veja como ficou.

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Lula

Os dois líderes no gabinete de Ishiba (© Ricardo Stuckert/Agência Brasil)

A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma comitiva gigante de mais de cem pessoas ao Japão, recebido com honras de Estado, tinha como um dos objetivos vender a carne bovina brasileira, um desafio.

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Segundo informações do Gabinete, a reunião entre Lula e Shigeru Ishiba teve início às 18h05 e durou aproximadamente 95 minutos. Após a reunião, os dois líderes fizeram uma coletiva de imprensa para anunciar o conteúdo das negociações, incluindo o Plano de Ação da Parceria Global Estratégica Japão-Brasil 2025-2030. Em seguida, foi oferecido um jantar por Ishiba. 

Os dois líderes confirmaram que este ano marca o 80.º aniversário da fundação das Nações Unidas e que o G4 continuará trabalhando em conjunto para fazer progressos concretos na reforma do Conselho de Segurança. 

Também confirmaram ainda mais as relações comerciais e de investimentos, elevando a patamares maiores. Ishiba destacou os cerca de 80 projetos de cooperação pública e privada e também falaram sobre o Quadro de Parceria Estratégica Japão-Mercosul. Outro tema foi o meio ambiente e as mudanças climáticas, incluindo a cooperação do Japão quando o Brasil realizará o COP30 e o apoio na restauração de pastagens degradadas e medidas para combater o desmatamento ilegal na Amazônia.   

Além disso, os dois países querem assumir a liderança global na descarbonização do setor automotivo.  

E a carne bovina que Lula veio vender?

Foto ilustrativa de carne bovina (PM)

O Japão é um grande importador de frango do Brasil e também de uma parcela da carne suína. Mas, vender carne bovina tem sido um desafio de décadas.

No press release do governo japonês, nada consta, tampouco na imprensa do país. Porém, no Brasil foi divulgado que Lula e sua comitiva convenceram o lado japonês a dar um passo.

“Em 2011, o fluxo da balança comercial entre Brasil e Japão chegou a US$ 17 bilhões e hoje caiu para US$ 11 bilhões. Então, significa que, de pronto, a gente tem US$ 6 bilhões para recuperar nessa minha visita aqui”, disse Lula dirigindo-se aos representantes da associação.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, lembrou que o processo de negociação para exportar a carne bovina brasileira para o Japão vem sendo conduzido há mais de 20 anos, um grande desafio. O último protocolo já está há 5 anos sendo debatido.

A carne bovina é o quarto principal item da pauta de exportações brasileira, atrás apenas da soja, do petróleo bruto e do minério de ferro. 

Enfim, a comitiva brasileira conseguiu convencer os japoneses para uma visita in loco para verificar que a carne bovina brasileira está livre da febre aftosa e para conferirem pessoalmente as questões de qualidade de higiene.

Falando em nome dos produtores, o pecuarista e presidente da Friboi, Renato Costa, afirmou que essa é uma conquista importante para o setor. “Com essa visita, agora, as coisas começam a andar, sim”, destacou. “Estamos bastante confiantes, é um mercado importante, é o terceiro maior mercado importador”, lembrou.

O lado japonês considera fazer uma visita ao Brasil para esse checking ainda no primeiro semestre deste ano.

Lula e sua comitiva em reunião (© Ricardo Stuckert/PR)

Fontes: MOFA, Tokyo Shimbun, NHK e Agência Brasil

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Bolsonaro se torna réu junto com outros 7 por unanimidade do STF

Publicado em 27 de março de 2025, em Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro acusado pela PGR se torna réu por crimes contra ‘democracia’.

Bolsonaro

Foto do ex-presidente e agora réu por violar a ‘democracia’ brasileira (reprodução)

O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, foi considerado réu por unanimidade dos votos da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), no começo da tarde de quarta-feira (26), no horário de Brasília. 

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Junto com ele, mais 7 pessoas acusadas pela PGR, pelo mesmo motivo, foram colocadas no banco de réus

Desde a Constituição de 1988, 1.ª vez que um ex-presidente é réu

É a primeira vez que um ex-presidente eleito é colocado no banco dos réus por crimes contra a ordem democrática estabelecidos com a Constituição de 1988. Esses tipos de crime estão previstos nos artigos 359-L (golpe de Estado) e 359-M (abolição do Estado Democrático de Direito) do Código Penal brasileiro.

“Não há então dúvidas de que a procuradoria apontou elementos mais do que suficientes, razoáveis, de materialidade e autoria para o recebimento da denúncia contra Jair Messias Bolsonaro”, disse o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, referindo-se à acusação apresentada no mês passado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.

O relator votou para que o ex-presidente também responda, na condição de réu no Supremo, aos crimes de organização criminosa armada, dano qualificado pelo emprego de violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. Se somadas, todas as penas superam os 30 anos de prisão.

Quem são os 8 réus

Os 8 réus compõem o chamado “núcleo crucial” do golpe, entre as 34 pessoas que foram denunciadas. São eles:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice dele na chapa das eleições de 2022;
  • General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência – Abin;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
  • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

Vale destacar que além desses 8 réus, 34 pessoas estão presas, entre elas idosos, pela manifestação em 8 de janeiro.

No primeiro dia de julgamento, na terça-feira (25), as defesas dos acusados negaram, uma a uma, a autoria dos delitos por seus clientes. A maior parte dos advogados reclamou também de questões processuais, alegando, por exemplo, o cerceamento de defesa, por não terem tido acesso, segundo contam, ao material bruto que embasou a denúncia.

Após o julgamento, o advogado Celso Vilardi, que representa Bolsonaro, disse esperar que agora, com a abertura da ação penal, seja dado acesso mais amplo da defesa ao material utilizado pela acusação. “Esperamos que tenhamos a partir de agora uma plenitude de defesa, o que não tivemos até agora”, disse o defensor.

Narrativa do PGR contra Bolsonaro: “golpes” teriam começado em 2021

Também no primeiro dia de análise do caso, Gonet reiterou suas acusações. Segundo a narrativa do PGR, os atos golpistas foram coordenados durante anos, começando em meados de 2021, com o início de um ataque deliberado às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral, e culminando com o 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Com a abertura do processo criminal, os advogados poderão indicar testemunhas e pedir a produção de novas provas para comprovar as teses de defesa. Com o fim da instrução do processo, o julgamento será marcado, e os ministros vão decidir se o Bolsonaro e os demais acusados serão condenados à prisão ou absolvidos.

Não há data definida para o julgamento, que depende do andamento da instrução processual.

Quem votou a favor de transformar Bolsonaro em réu

Os 5 ministros do STF que votaram a favor de torná-los réus foram: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin Brasília e Alexandre de Moraes. Eles ficaram frente a frente com Bolsonaro, que acompanhou a sessão na terça-feira.

Repercussão internacional segundo as narrativas do STF

A BBC compilou o que os principais jornais do mundo comentaram com essa decisão de transformar o ex-presidente em réu pela tentativa de golpe. Veja abaixo.

“O jornal espanhol El País destacou que o fato de um ex-mandatário brasileiro enfrentar um processo criminal não é algo exatamente novo – “o que é inédito é que se sente no banco dos réus por golpismo”.

O americano The New York Times caracterizou o processo que culminou na decisão desta quarta como “um esforço significativo para responsabilizar Bolsonaro pelas acusações de que tentou efetivamente desmantelar a democracia brasileira ao orquestrar um amplo plano para levar a cabo um golpe”.

E pontuou que a investigação “revelou o quão perto o Brasil chegou de voltar a uma ditadura militar quase quatro décadas depois de construir uma história como democracia moderna”.

O Times também afirma que Bolsonaro parece ‘estar apostando suas fichas em um apoio do [presidente americano] Donald Trump’”.

Povo brasileiro se revolta

Reprodução dos comentários sob os vídeos

Durante as transmissões ao vivo da fala do ex-presidente, assim que soube que se tornou réu, não faltaram comentários abaixo dos vídeos como “gente, que Brasil é esse?”, “Que país é esse?”, “Que Justiça é essa?”, “Onde há democracia nisso?” e assim por diante.

Bolsonaro se defende: “acusação é muito grave”

Na frente da imprensa, o ex-presidente Bolsonaro, agora réu, disse que a “acusação é muito grave e infundada”. 

Ouça e assista a fala dele gravada em vídeo do Poder360.

Leia o post de Bolsonaro, publicado nas redes sociais como o X.

Fontes: Agência Brasil, X e BBC

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