
Apreensões da polícia (Mainichi)
Um episódio considerado assustador e grave pôs em xeque a segurança do Japão e também da Expo 2025 que começa em 13 deste mês em Osaka.
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E foi exatamente nessa área que uma arma e munições passaram despercebidas pela inspeção da Alfândega do Aeroporto Internacional de Osaka (KIX).
Um turista americano de 73 anos que desembarcou no KIX vindo do Havaí se apresentou na polícia, segundo informação de quarta-feira (2). Embora tenha se apresentado voluntariamente, foi preso por porte de arma, por violação da lei japonesa.
Turista só percebeu a arma no hotel
Com essa notícia divulgada pela Polícia da Província de Hyogo, fica a pergunta “como a arma passou?”.
O caso foi descoberto no dia seguinte à chegada, no hotel em Osaka, quando ele percebeu que havia trazido uma arma distraidamente e declarou isso à equipe a bordo do navio de cruzeiro no Porto de Kobe, onde iria embarcar com sua esposa para um tour. Mas, esse relato foi comunicado à polícia.
“Eu tenho a arma para autodefesa. Quando vim ao Japão, coloquei-a sem querer na minha mala (bagagem despachada)”, teria relatado o turista americano, em 24 de março quando foi preso. Também contou que descartou as 3 munições, com medo de aumento da pena.
Elas foram encontradas descartadas em uma lixeira do toilet do terminal do Porto de Kobe.
Procedimentos da alfândega: como passou despercebida?

KIX (PM)
De acordo com a Alfândega de Osaka, os agentes inspecionam as bagagens na entrada.
Após desembarcar do avião e retirar sua bagagem, os passageiros preenchem e enviam um “Formulário de Declaração de Bagagem Pessoal e Bagagem Desacompanhada”, listando os itens que estão trazendo para o país. O formulário de declaração também inclui uma seção onde as pessoas são solicitadas a responder “sim” ou “não” sobre se possuem armas de fogo ou explosivos.
Os funcionários da alfândega analisam o formulário da declaração e, se necessário, fazem um raio-X da bagagem ou a inspecionam visualmente.
Mas, mesmo com todos esses procedimentos cuidadosos, esse caso escapou.
“Não faremos comentários devido à natureza da investigação”, respondeu um porta-voz da Alfândega de Osaka, sobre o questionamento se todas as bagagens passam ou não no raio-X.
Fontes: Kobe Shimbun, Mainichi e Asahi