
Ishiba sob pressão: imposto sobre consumo abala popularidade (Wikimedia Commons/Gabinete de Relações Públicas)
A taxa de aprovação do gabinete do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, caiu para uma baixa recorde de 27,4%, como revelou uma pesquisa divulgada pelo site Japan Today no domingo (18).
O número representa uma queda de 5,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior, refletindo a crescente insatisfação dos eleitores com o governo.
O descontentamento é impulsionado pela recusa de Ishiba em reduzir o imposto sobre o consumo, apesar dos preços em alta.
Este nível de aprovação coloca o gabinete no que se chama de “zona de perigo”, abaixo de 30%, sinalizando um risco de declínio precoce, principalmente à medida que os consumidores lutam com a incapacidade do governo em conter os crescentes preços do arroz.
Desde que assumiu o cargo em outubro, Ishiba viu sua taxa de desaprovação subir 1,3 ponto, atingindo 55,1%, conforme a pesquisa nacional.
Cerca de 73,2% dos entrevistados apoiam diminuir o imposto de consumo, sugerindo reduzi-lo em itens alimentícios, para todos os produtos ou aboli-los completamente, em meio à crise de custo de vida. Além disso, 87,1% consideram os esforços do governo para conter o aumento dos preços do arroz insuficientes.
Enquanto isso, 72,9% dos entrevistados expressaram preocupação de que uma redução ou abolição dos impostos de consumo poderia levar a um declínio nos serviços de seguridade social.
No contexto das negociações de tarifas entre Japão e EUA, 74,3% disseram que não esperam um resultado favorável.
A pesquisa a nível nacional ligou para 497 residências selecionadas aleatoriamente com eleitores elegíveis e 3.725 números de celular.
Respostas foram obtidas de 426 lares e 638 usuários de telefone móvel.
Fonte: Japan Today