As duas montanhistas japonesas antes de começar a escalada e à dir. o helicóptero cedido pela polícia para o resgate (America Noticias)
Duas japonesas, amigas e montanhistas, Saki Terada, 36, e Chiaki Inada, 40 anos, ficaram perdidas na montanha mais alta do Peru – Huascarán – coberta de neve, na região de Áncash.
Elas partiram para escalada ao pico, depois de duas semanas no país. Embora ambas tenham experiência, não estavam acompanhadas de guia.
As equipes de resgate especializadas foram despachadas para Huascarán, porque informaram estar perdidas. Uma delas estaria com hipotermia. O pedido de socorro foi feito através de um sistema de satélite Garmin, conectado com uma base nos Estados Unidos, na terça-feira (24), horário local, que chamou a Associação de Guias de Montanha do Peru.
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Isso desencadeou um alerta internacional que ativou uma operação de emergência.
A Associação de Guias de Montanha do Peru confirmou que as montanhistas japonesas estavam em um momento crítico após atingirem as alturas da região de Ancash.
A situação levou as autoridades locais, incluindo a Polícia Nacional do Peru (PNP), a tomar medidas. O presidente da Associação de Guias, Beto Pinto Toledo, afirmou que foi necessário um helicóptero para realizar o resgate, dada a complexidade do terreno e a altitude extrema em que as montanhistas se encontravam.
A família das duas montanhistas e esquiadoras contratou uma equipe profissional de 15 resgatistas para resgatá-las.
Segundo um dos deles, “é uma montanha muito complicada, é a mais alta do Peru, com altura de 6.750 metros e tem cumes norte e sul”. Como elas enviaram fotos do local e posição do GPS, os profissionais puderam pontuar o local para o socorro.
Encontradas com vida, mas uma não resistiu
Huascarán, a montanha mais alta do Peru (America Noticias)
O resgate foi confirmado pela Associação de Guias de Montanha do Peru após esforços de busca, na quarta-feira (25), horário local. Elas foram encontradas vivas, a cerca de 6,5 mil metros de altitude, cobertas com mantas térmicas. A equipe de resgatistas correu contra o tempo, levando 12 horas para subir a montanha, quando o normal é de 6 dias. Havia notícias anteriores de que uma estava com hipotermia e outra com cegueira por causa da neve.
No fim do dia de quarta-feira, a notícia mais recente é de que uma das montanhistas japonesas, que estava com hipotermia, lamentavelmente não resistiu, de acordo com fontes da operação. Ambas foram evacuadas em etapas: primeiro para o refúgio de Huascarán (a cerca de 4 mil metros acima do nível do mar) e depois foram transferidas por helicóptero da Polícia Nacional do Peru, para um centro médico.
Após resgate, autoridades do Peru consideram mudar regras
Após este resgate, as autoridades de turismo e agências de assistência locais estão considerando fortalecer os protocolos de acesso para Huascarán e promover campanhas de informação sobre segurança em altas montanhas.
Em geral, sempre se recomenda que contrate guias para subir essa e outras montanhas altas do Peru.
Nos últimos anos, o número de visitantes aumentou, juntamente com o número de emergências devido à hipotermia, desorientação e mal de altitude. A Associação de Guias de Montanha reiterou a necessidade de promover o acompanhamento profissional como parte do turismo responsável em áreas de alto risco.
Brasileiro e outras pessoas não tiveram a mesma sorte no Peru
No domingo (22), durante as buscas por pessoas desaparecidas em 29 de maio, na Montanha Artesonraju, também situada na região Áncash, foram encontrados 3 corpos.
Foram de Hommer Pretel Alonzo, Jesús Picón Huerta, ambos estudantes do Centro de Estudios de Alta Montaña (CEAM), e do montanhista e fotógrafo brasileiro Edson Vandeira Costa.
Todo cuidado é pouco para escalar montanhas. Recentemente, uma brasileira foi encontrada morta, depois de ter escorregado da trilha do vulcão na Indonésia e caída em um penhasco.
Fontes: RPP, Infobae, America Noticias e Latina Noticias
