Nesta época de epidemia de influenza e também da disseminação do novo coronavírus, o Covid-19, além dos polens do cedro na atmosfera, os quais podem causar polinose (kafunsho), entra em cena a vitamina D.
Erroneamente nomeada de vitamina, na verdade, é um hormônio, o qual aumenta a resistência a doenças infecciosas.
Vitamina D reduz doenças infecciosas em 20%
Vários estudos mostraram que a vitamina D previne a gripe. Por exemplo, uma equipe internacional de pesquisa colaborativa com o professor Mitsuyoshi Urashima, da Universidade de Medicina Jikei de Tóquio, fundiu 25 relatórios de todo o mundo examinando a relação entre administração de vitamina D e infecções do trato respiratório. Foram analisadas 11 mil pessoas.
Como resultado, aqueles que tomaram cápsulas de vitamina D tiveram 20% menos chances de desenvolver infecções respiratórias como influenza, bronquite e pneumonia do que aqueles que não tomaram.
Em particular, naqueles que são deficientes em níveis de vitamina D no sangue, o grupo que tomou vitamina D teve 70% menos casos. Dessa forma confirmou-se o efeito da vitamina D na prevenção da gripe.
Vitamina D pode prevenir Covid-19?
“Algumas pessoas no mesmo ambiente contraem a gripe e outras não. Algumas pessoas contraem a gripe todo inverno e outras nunca a tiveram. Isso ocorre em parte porque a deficiência de vitamina D reduz a resistência e as torna mais suscetíveis à influenza. A pneumonia causada pelo Covid-19 é uma infecção da doença respiratória como a influenza, por isso, pode-se esperar que a vitamina D possa prevenir novos tipos de pneumonia”, explicou o médico, diretor do Hospital Yokohama Aihara.
Como aumentar o nível de vitamina D no corpo
Há 3 formas de aumentar o nível desse hormônio no sangue. Veja como.
1 – Tomar sol
Para quem trabalha pode ser difícil tomar sol, mas se puder fazer um esforço vale a pena. O sol do meio-dia, ou no horário do almoço, é benéfico. No verão precisaria de 30 minutos mas no inverno, pelo menos 1 hora, no Japão.
Mas, para obter toda a quantidade necessária é preciso tomar sol diariamente com toda a área do corpo exposta, por 10 a 20 minutos, entre 11h e 14h, dependendo da cor da pele.
2 – Refeição
De acordo com os Padrões japoneses para ingestão alimentar do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, a dose diária recomendada para adultos é de pelo menos 5,5µg (micrograma).
A vitamina D é pode ser encontrada em peixes como sardinha e salmão. Por exemplo, 50μg para 100g de sardinha. Mas raramente é encontrada em cereais, carnes, feijões e laticínios. Pessoas que não comem peixes podem ter uma deficiência de vitamina D. Na verdade, essa quantidade é ínfima, muito inferior ao que é preciso ingerir ou produzir tomando sol na pele.
3 – Suplementação
Os suplementos de vitamina D são relativamente baratos no Japão. Portanto, se tiver dificuldade para tomar sol ou comer peixes exageradamente, pode ser melhor aumentar a imunidade suplementando vitamina D. Nesse caso, escolha a D3.
O médico brasileiro que defende o uso da vitamina D recomenda dose diária de 10.000 IU por dia para quem tem pelo menos 50Kg de peso. No caso das crianças são 200 IU por quilo de peso. Então, se ela tem 20Kg a dose é de 4.000 IU.
Para compreender essas medidas o cálculo é simples. Cada 40 IU = 1μg. Portanto, 50μg significa 2.000 IU. Ou, 10.000 IU é igual a 250μg.
Assista ao vídeo do Dr. Cícero Galli Coimbra, médico e neurologista, que desenvolveu o Protocolo Coimbra para o Tratamento de Doenças Autoimunitárias, usado em vários países do mundo.
Fontes: Dr. Coimbra e Weather News