Parece não ser apenas o corre-corre do dia a dia, as exigências as quais nos subordinamos, o presente difícil e ou o futuro impreciso. São pensamentos que estão para além disso, uma visão negativa e angustiante das coisas e situações. Um sintoma que acomete cada vez mais pessoas e interfere na qualidade de suas vidas e relacionamentos, a ansiedade.
Sabemos que a ansiedade é uma emoção inerente ao ser humano, que normalmente surge ao enfrentarmos situações desconhecidas e estressantes. Dentro dessa ansiedade natural cabe nos sentirmos preocupados, com medo e até mesmo apresentarmos um certo temor de que as coisas não saiam como gostaríamos. Podemos citar as entrevistas de emprego, um primeiro encontro, o nascimento de um filho, a compra da casa própria ou uma viagem. E, por que não o retorno ao Brasil ou a um outro país de origem? Tudo isso é normal, o que vai apontar um problema, será a intensidade do sintoma da ansiedade na vida do sujeito.
De acordo com Silva (2020), Freud percebeu que a ansiedade é uma condição que afeta excessivamente o ser humano, pois seus distúrbios estão associados às reações do organismo diante de situações estimulantes, sendo um estado altamente desgastante e que tira as pessoas do controle de suas próprias vidas.
Sigmund Freud destaca que a ansiedade é consequência de traumas da infância que foram rechaçados pelo ego como um mecanismo de defesa para a evitação da dor. Oliveira Santos, salienta a relação entre desamparo e a angústia de castração, onde a privação ou perda do objeto equivale à separação da mãe, fazendo com que o indivíduo vivencie a sensação do desamparo devido à sua necessidade pulsional, como no nascimento.
As emoções não expressas nunca morrem. Elas são enterradas vivas e saem de piores formas mais tarde. (Sigmund Freud)
O que se entende é que, a forma como esse sujeito vivencia as primeiras experiências juntamente aos seus cuidadores, especialmente com a mãe, serão determinantes na constituição do mesmo. Quando esse sujeito é bem amparado, tem suas necessidades supridas satisfatoriamente no seu 1.º ano de vida, somado a boas resoluções nas outras fases do desenvolvimento psicossexual, desenvolverá um ego mais fortalecido e um sentimento de pertencimento que poderá fazer dele um adulto mais seguro, com mais resistência a frustrações e consequentemente com maior possibilidade de controle sobre situações desencadeadoras de ansiedade e estresse.
- Como conviver melhor com a ansiedade?
- Primeiramente é entender que a ansiedade faz parte de todos nós
- Uma boa medida é notar quando determinada situação está demandando muito da nossa energia psíquica. É a quantidade de energia envolvida que pode ser indício de algum quadro patológico
- O autoconhecimento é fundamental. Saber como estamos inscritos no mundo, quais as ferramentas egóicas possuímos, quais delas precisam ser aperfeiçoadas e quais outras adquiridas
- Fazer terapia é importante. Ajuda no processo do autoconhecimento, é um lugar seguro, acolhedor, de fala e de escuta especializada. Favorece a elaboração de conflitos e a manutenção de ferramentas necessárias para uma vida psíquica mais equilibrada
- A ajuda médica e medicamentosa em certas situações é indispensável, por tanto, devemos romper com algumas crenças e estigmas relacionadas ao assunto
- Buscar alternativas que promovam prazer, interação e propósito de vida
Boas reflexões!
Eliana Nonaka (toque para conectar no Facebook) ou (toque para conectar no Whatsapp).
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