Estima-se que 10% da população do Japão e 20% do mundo sofram com a dermatite atópica ou eczema atópico em algum momento da vida (em japonês – atopii). Essa doença não contagiosa que provoca inflamação crônica na pele, provocando vermelhidão, coceira e em alguns casos, prurido, tinha causa desconhecida. Há suposições de que as causas possam ser a pele seca combinada com o mau funcionamento do sistema imunológico.
Esperança para combater a dermatite atópica
Agora há uma esperança. A equipe de pesquisa da Universidade de Kyushu, Japão, anunciou na segunda-feira (9), que descobriu a proteína causadora dessa inflamação crônica na pele, o primeiro passo para o desenvolvimento de um tratamento para o combate na raiz dessa doença. Já se sabia que as células do sistema imunológico produzem uma substância chamada de IL-31, a qual poderia provocar a doença.
A equipe de pesquisa do professor sênior Yoshinori Fukui, do Departamento de Imunogenética, conseguiu detectar a proteína chamada de EPAS1. E quando ela aumenta no núcleo da célula do sistema imunológico há ocorrência da dermatite atópica, na pesquisa realizada com camundongos.
Além disso, ao manipular o gene de modo que este EPAS1 não aumente, os sintomas diminuem e com a redução da IL-31, os sintomas são suprimidos. Esse fenômeno também foi confirmado nas experiências que utilizaram células de pacientes.
Dessa forma a equipe de pesquisa vê uma luz para o tratamento da dermatite atópica, combatendo o mal pela raiz, uma vez que descobriram a causa que provoca a coceira – a proteína EPAS1. Assim, a equipe espera que se possa desenvolver medicamento para eliminar a raiz da infecção.
O professor Fukui declarou para a imprensa “o desenvolvimento de uma droga que não permita criar a EPAS1, pode indicar uma escolha para novos tratamentos”.
Fontes: NHK e Nikkei Shimbun Imagem ilustrativa: Wikipedia