Uma simulação recente realizada por especialistas mostrou que, quando o enorme terremoto de Nankai Torafu (Nankai Trough) ocorrer (confira informações sobre esse terremoto clicando aqui), há a possibilidade de aproximadamente 1.45 milhão de famílias migrarem de suas antigas cidades para áreas urbanas na maioria dos casos.
Em relação a isso, espera-se que mais da metade dos moradores de algumas cidades migrem para outras e, segundo os especialistas, “seria difícil as associações municipais se manterem com a saída da população. Medidas a longo prazo deveriam ser pensadas para manterem as regiões”.
Vários fatores após a ocorrência do terremoto de grande proporção
Grupos de pesquisas das Universidades de Tóquio e Nagoia, após a ocorrência do terremoto de proporções enormes, o Nankai Torafu com hipocentro na Costa de Tokai, simularam como a população iria se deslocar, a estimativa de danos no país, o número de apartamentos disponíveis em habitações para aluguel de cada região, a previsão do fornecimento de alojamento temporário e outros dados.
Como resultado, nas principais áreas do oeste e leste do Japão com maior risco de danos por tremores e maremotos (tsunami), há a possibilidade de 1.456 milhão de famílias de 246 cidades, bairros, distritos e vilas migrarem para outros locais.
Em relação ao número de famílias que irão se deslocar para fora de suas províncias Aichi teve a maior estimativa
Ao observarmos os dados do número de famílias que irão se deslocar para fora de suas províncias, Aichi teve a maior estimativa, com 227 mil famílias. Em seguida vieram as províncias de Shizuoka e Kochi, com 188 mil e 146 mil famílias, respectivamente. Dentre as províncias, em 30 municípios de Kochi, Shizuoka e outras 5 províncias, espera-se que 50% das famílias mudem para outras regiões.
Por outro lado, muitas destas famílias se deslocariam para moradias disponíveis nas áreas urbanas, e o fluxo populacional para as grandes cidades iria acelerar ainda mais. O número populacional que aumentaria pelo deslocamento da população para as áreas urbanas é de 155 mil famílias para Shizuoka, 116 mil para Kanagawa e 111 mil para Hyogo.
Os especialistas apontam que, caso a reconstrução das cidades demore muito, essas famílias não poderiam mais voltar para suas regiões de origem.
Yu Hiroi, professor adjunto da Universidade de Tóquio, comentou: “Dependendo do município, seria difícil as associações municipais se manterem com a saída da população. Passaram-se 6 anos desde o Grande Terremoto do Leste do Japão (em 2011) e, embora as medidas de evacuação de tsunamis esteja prosseguindo aos poucos, medidas a longo prazo deveriam ser pensadas para manterem as regiões”.
Fonte: NHK News