Medidas realizadas pelas principais corporações do Japão para reduzir as horas extras ainda estão lentas, com somente 1 em 4 empresas dizendo que planejam introduzir um limite, mostrou uma recente pesquisa da Kyodo News.
Na pesquisa de funcionário e planos de contratação de 104 empresas, 98 disseram que têm acordos de gestão de trabalho os quais permitem aos empregados trabalharem além dos limites máximos que elas estabeleceram.
Longas horas de trabalho têm chamado atenção prolongada no Japão após o suicídio de uma funcionária da Dentsu Inc no final de 2015 e uma consequente medida repressiva por parte do departamento do trabalho sobre a grande empresa de propaganda ocorreram como um lembrete renovado do caráter notório de trabalho em excesso, assim como sobre o encolhimento da população em idade ativa.
Dessas 98 empresas, 40 disseram que seus limites mensais de horas extras são estabelecidos acima de 80 horas, um nível conhecido por ser a causa de graves consequências na saúde. Cerca de 12 empresas permitiram horas extras de 100 horas ou mais por mês, com a mais longa sendo de 135 horas, de acordo com a pesquisa conduzida entre fevereiro e meados de março.
Empresas estão cautelosas sobre modificar as regras em relação a horas extras
Cerca de 24 empresas disseram que vão reduzir o limite, enquanto 20 indicaram que não têm planos de rever o limite de horas de trabalho, sugerindo que uma boa parte das firmas entrevistadas estão cautelosas sobre modificar as regras em relação a horas extras antes do governo finalizar a reforma da lei trabalhista para mudar a cultura enraizada do país de longas jornadas de trabalho.
Das empresas entrevistadas, incluindo grandes corporações como a Sony Corp, a Takeda Pharmaceutical Co, a Toyota Motor Co, a Mitsubishi UFJ Funancial Group Inc e outras, 99 disseram que estão realizando medidas para reduzir as horas de trabalho de seus funcionários, embora 31 indicaram que a reforma trabalhista do governo poderia afetar negativamente seus negócios.
Um estudo do governo mostrou que a população em idade de trabalho entre 15 e 24 anos do país poderá cair para 4.85 milhões em 2030.
Fonte: Japan Today Imagem: Bank Image