No dia 31 (sexta-feira), o Ministério da Justiça (MOJ, sigla em inglês) publicou os resultados da pesquisa das condições reais da discriminação sofrida pelos estrangeiros no Japão.
Entre os meses de novembro e dezembro do ano passado, a pesquisa entrevistou 18.500 estrangeiros residentes no Japão com idade acima de 18 anos e obteve resposta de 4.252 pessoas. Por nacionalidade, 32.5% (1.382) eram chineses, 22.1% (941) eram coreanos e 6.7% (285) vieram das Filipinas, sendo as maiores porcentagens. (Obs: todas as porcentagens são baseadas nas pessoas que cooperaram com a pesquisa).
Segundo a pesquisa, 29.8% (1.269) responderam que sofreram algum tipo de abuso verbal pelo fato de serem estrangeiros durante os últimos 5 anos. Dentre eles, a maioria, 53.3% (676), disseram que o abuso verbal foi causado por uma pessoa desconhecida. Além disso, 48.1% dos entrevistados (2.044) falaram que já procuraram moradia no Japão nestes últimos 5 anos e, dentre eles, 804 foram recusados devido ao fato de serem estrangeiros.
Em relação à mensagens com conteúdo discriminatório contra alguma etnia ou grupo específico, 42.9% (1826) responderam que observaram algum tipo de incitação ao ódio na TV, jornais, revistas e outras mídias, e 33.3% (1.416) disseram que viram na Internet.
38% das discriminações ocorrem nos locais de trabalho
Dentre os 4.252 entrevistados, 66.7% (2.836) responderam que não sofreram discriminação durante os últimos 5 anos, enquanto 2.7% (115) disseram que é comum e 27.1% (1.154) argumentaram que sofreram às vezes.
Embora a maioria dos casos de discriminação terem partido de pessoas desconhecidas, 38% ocorreram dentro do local de trabalho e em negociações com clientes. Além disso, 19.3% dos entrevistados disseram que foram insultados pelos vizinhos.
O ministro da Justiça, Kaneda Katsutoshi enfatizou: “Tratamentos e comportamentos discriminatórios indevidos contra estrangeiros não deveriam acontecer”. “Iremos trabalhar adequadamente nas atividades de sensibilização dos direitos humanos e informaremos sobre os locais de consulta”.
Fonte: Mainichi e Sankei Shimbun