Ex-primeiro-ministro japonês faz comentário extremamente polêmico sobre Hitler

Taro Aso, ex-primeiro-ministro e atual ministro das finanças, comenta sobre Hitler e suas motivações e vira alvo de críticas pesadas. Veja mais.

Ministro das Finanças Aso Taro (Imagem: Jiji)

O ex-primeiro-ministro e atual ministro das finanças e vice-primeiro-ministro Aso Taro foi alvo de críticas nesta terça-feira. Durante palestra ministrada pelo próprio Aso em workshop sediado pelo grupo de Aso (Shikokai) do Partido Liberal Democrático nesta terça-feira (29), um comentário do ex-líder de governo gerou muita polêmica. “O importante é o resultado (na política). Mesmo se o Hitler, que matou milhões de pessoas, tivesse uma motivação correta, ainda é um taboo”, disse Aso.

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O comentário que pode ser interpretado como uma espécie de defesa aos nazistas, que assassinaram milhões de pessoas, especialmente judeus, poderá ser alvo de críticas pesadas pela oposição.

O comentário de Aso foi dito aos membros do partido enquanto ele explicava as atitudes e preparação dos políticos. “Podemos dizer que (Hitler) foi o primeiro político famoso que deixou resultados notáveis aos cidadãos. Não é uma profissão que pode ser exercida apenas se a pessoa possuir boas intenções.”, completou o ministro.

Contudo, nesta quarta-feira (30), Aso retirou seu comentário e pediu desculpas. “Arrependo-me que meu comentário não fora compreendido conforme minha intenção real.”

“Minha intenção era enfatizar que deixar resultados é tudo para um político e acabei dando o exemplo do mau político que foi Hitler.”, explica Aso. “Em relação a Hitler, ficou claro no meu comentário que sou extremamente contra sua postura e deixei claro que a motivação de Hitler é errada.”

Há 4 anos, em 2013, Aso também fez um comentário polêmico parecido com este e recebeu muitas críticas. “A Constituição de Weimar da Alemanha mudou para a Constituição Nazista em pouco tempo. Ninguém havia percebido. Que tal aprendermos aquele método?”, falou Aso.

Fonte: Jiji Press via Yahoo

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Planos do governo vão colocar mais propriedades abandonadas no Japão em uso

Publicado em 31 de agosto de 2017, em Sociedade

Os planos do governo vão fazer com que os municípios conciliem a venda da propriedade ou sua conversão em espaço público. Saiba mais.

Casa abandonada em Inzai, Chiba (Japan Times/Philip Brasor)

O Japão planeja fazer com que municípios reúnam informações sobre patrimônios imobiliários abandonados e conciliem a venda da propriedade ou sua conversão em espaço público, como parques, reduzindo um crescimento no número de terrenos vazios, visto que a população do país encolhe cada vez mais.

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Na última contagem, cerca de 14% das casas no Japão, ou cerca de 8.2 milhões de residências a nível nacional, estavam abandonadas/vazias.

Esse número poderá atingir 30% em 2030, visto que a população do país continua diminuindo, de acordo com o Instituto de Pesquisa Nomura. Enquanto a maior parte das casas vazias sejam propriedades para aluguel, cerca de 2.72 milhões de residências não têm condições de serem ocupadas, tanto porque estão danificadas ou porque seus proprietários são desconhecidos.

Medidas para colocar as casas e terrenos vazios em bom uso

O Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo está planejando agora medidas que fariam com que vários municípios realizassem medidas para colocar as casas e terrenos vazios em bom uso. Enquanto os governos locais já coletam informações sobre propriedades vazias, o novo sistema daria a eles um papel mais ativo em rastrear os donos das propriedades e criar uma organização dedicada em cada município para lidar com tais tarefas.

As localidades ajudarão, então, a organizar essas propriedades como parte de políticas de planejamento urbano mais amplas. Isso envolverá vendas de intermediação entres partes que desejam comprar ou vender, assim como consolidar propriedades vazias para uso, como parques ou abrigar instalações públicas que vão beneficiar as comunidades locais.

O governo planeja introduzir a legislação necessária na assembleia no próximo ano. Incentivos fiscais para os compradores de propriedades vazias serão avaliados para inclusão em um projeto de reforma de impostos para o ano fiscal de 2018.

Casas abandonadas representam riscos

Casas abandonadas representam riscos significantes, caso um desastre aconteça. Uma falta de manutenção pode levar a incêndios, e as casas que desabam em um terremoto, por exemplo podem bloquear estradas.

Há também casos de casas abandonadas que foram usadas para eliminar corpos ou cultivar maconha. O ministério, portanto, visa evitar que o número de casas vazias não usadas para propósito legítimos, tal como aluguéis, aumente para mais de 4 milhões no ano fiscal de 2025.

Fonte: Nikkei
Imagem: Japan Times

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