Empresas japonesas oferecem mais suporte a trabalhadores com câncer

Várias empresas japonesas estão adotando programas para ajudar funcionários diagnosticados com câncer a continuar trabalhando enquanto recebem tratamento.

O número de casos de pacientes com câncer está aumentando no Japão (imagem ilustrativa)

Um crescente número de empresas japonesas está adotando programas para ajudar funcionários diagnosticados com câncer a continuar trabalhando enquanto recebem tratamento.

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Tais medidas não são somente uma questão de simpatia, elas são uma maneira de manter trabalhadores em um ambiente com grave escassez de força de trabalho.

Elas podem ajudar a melhorar a imagem da empresa, mostrando que tais firmas são locais onde as pessoas podem trabalhar por longos períodos com senso de segurança. Além disso, outras ações as acompanham para evitar que funcionários deixem seus postos de trabalho, principalmente para cuidar de filhos pequenos.

Novos casos de câncer no Japão chegarão a um recorde de 1.014.000 em 2017

O número de casos de pacientes com câncer está aumentando no Japão. O Centro Nacional do Câncer estima que novos casos diagnosticados atingirão um recorde de 1.014.000 em 2017.

Enquanto um a cada três pacientes com câncer deixam seus empregos, há uma estimativa de que 330 mil deles continuam trabalhando enquanto recebem tratamento em hospitais, enquanto avanços na medicina abrem mais opções para cuidados ambulatoriais.

Horas de trabalho reduzidas e facilitação para tirar dias de folga

Dentre as medidas das empresas estão a permissão de menos horas de trabalho e facilitação para tirar dias de folga.

Uma empresa da área imobiliária, a Daikyo, flexibilizou as restrições sobre o uso de “dias de folga acumulados” – dias de folga pagos não usados antes que o direito a eles expire e que ainda podem ser usados para razões de saúde.

Anteriormente, exigia-se que funcionários da Daikyo tirassem pelo menos cinco dias de folga acumulados de uma vez. Contudo, agora, eles podem tirar somente um dia se o usarem para tratamento de câncer.

A empresa realizou a medida enquanto mais pacientes com câncer estão recebendo tratamento sem precisarem ser internados, graças ao maior uso de tratamentos não cirúrgicos, como radioterapia de íon pesado.

Funcionários dessa empresa que têm câncer também podem tirar licença médica separadamente dos dias acumulados de férias sob a condição de que eles tenham usado todos os dias de folga pagos para o ano, com base em planos de tratamento compilados através de consultas com departamento de pessoal e médicos.

O Daiwa Securities Group e a fabricante de equipamento médico Terumo também estão entre as empresas que introduziram programas amigáveis a pacientes com câncer.

Em outubro, o Daiwa lançou um sistema para ajudar funcionários com câncer a tornar o trabalho e tratamento compatíveis, incluindo horas de trabalho mais curtas, uma hora de descanso por dia e subsídios para aqueles que compram perucas por conta da perda de cabelos em razão da quimioterapia.

Em janeiro, a Terumo introduziu um sistema para funcionários com câncer que inclui horas de trabalho mais curtas e flexíveis. Vários funcionários usaram o novo sistema até agora, segundo a empresa.

A partir da próxima primavera, a empresa comercial  Itochu iniciará o suporte financeiro integral para tratamentos médicos altamente avançados – e extremamente caros –  para ajudar funcionários a combaterem o câncer.

Fonte: Nikkei
Imagem: Bank Image

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Japão está preparando a introdução de ‘imposto de saída’ para viajantes

Publicado em 3 de novembro de 2017, em Sociedade

O valor arrecadado do imposto será usado para promover o turismo, como desenvolver áreas culturais e naturais, e poderá ser introduzido no ano fiscal de 2019.

Se o valor de mil ienes for coletado de cada uma dessas pessoas, isso criaria uma receita tributária total de cerca de 41 bilhões de ienes (Imagem ilustrativa)

O governo japonês está realizando preparações para adotar um “imposto de saída” (出国税 shukkoku zei) para pessoas que saem do país, com início no ano fiscal de 2019, a primeira nova alteração no imposto nacional em 27 anos.

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De acordo com o Mainichi, o imposto seria de mil ienes por pessoa e incluído no preço do bilhete aéreo de ida para o exterior do viajante. A NHK acrescentou que o imposto também será cobrado de pessoas que saem do país por transporte marítimo.

O plano do imposto será incluído no esboço das revisões de impostos para o ano fiscal de 2018, que poderá ser compilado no final de 2017, com o objetivo de adotá-lo em 2019.

Se introduzido, esse será o primeiro novo imposto permanente desde o imposto de propriedade territorial de 1992.

O imposto cobrirá amplamente todas as pessoas que saem do Japão

Além dos turistas estrangeiros que visitam o Japão, o imposto também será coletado de cidadãos japoneses que deixam o país de férias ou viagens de negócios, cobrindo amplamente todas as pessoas de saem do Japão.

Em 2016, o número de pessoas que saiu do país foi de 24 milhões de turistas estrangeiros e cerca de 17 milhões de cidadãos japoneses, para um total de aproximadamente 41 milhões de viajantes.

Se o valor de mil ienes for coletado de cada uma dessas pessoas, isso criaria uma receita tributária total de cerca de 41 bilhões de ienes – cerca de duas vezes o orçamento de 21 bilhões de ienes para a Agência de Turismo do Japão (JTA) para o ano fiscal de 2017.

Para corresponder a essa meta, a JTA planeja intensificar os esforços de publicidade no exterior, preparar guias turísticos multilíngues e endurecer os procedimentos de imigração, esperando usar a receita da introdução do imposto de saída para realizar essas políticas.

Outros países também coletam um imposto similar

A Austrália, por exemplo, coleta uma “Taxa de Deslocamento de Passageiro” de 60 dólares australianos (cerca de 5 mil ienes) por pessoa incluído no preço da passagem aérea de todas as pessoas que deixam o país, gerando cerca de 80 bilhões de ienes em receitas a cada ano.

A Coreia do Sul também cobra uma “Taxa de Serviço para Passageiro Internacional” de 10 mil wons (cerca de mil ienes) para transferências através de seus aeroportos e 28 mil wons (cerca de 2.800 ienes) para partidas.

Isso gera em torno de 26 bilhões de ienes em receitas.

Fonte: Mainichi
Imagem: Bank Image

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