A polícia e a promotoria iniciaram uma investigação que envolve a Kobe Steel Ltd por causa de sua falsificação de dados de décadas sobre alumínio e outros produtos que desencadeou preocupação em todo o mundo, disseram fontes.
Investigadores junto ao Escritório de Promotoria Pública do Distrito de Tóquio e o Departamento de Polícia Metropolitana vão investigar juntas as possíveis violações da Lei de Prevenção de Competição Injusta, segundo fontes.
Funcionários da empresa serão questionados para determinar por que a longa história de falsificação de dados de qualidade teve permissão para continuar.
A Kobe Steel emitiu uma declaração em 25 de abril se negando a comentar, mas se comprometeu a cooperar com a investigação.
A ação ocorre em meio a várias medidas tomadas nos EUA e Europa para garantir a segurança dos produtos da Kobe Steel usados em automóveis e aeronaves.
Ações judiciais buscando indenização da Kobe Steel foram apresentadas a tribunais americanos e canadenses.
Produtos usados em vários setores
Em março, a Kobe Steel divulgou resultados de sua própria investigação, mostrando que dados de qualidade falsificados para alumínio e cobre tiveram início nos anos 1970 em 23 plantas no Japão e no exterior.
Os produtos foram usados em uma ampla variedade de campos, incluindo automóveis, trens-bala, trens e aeronaves.
Em apenas um ano desde 2016, os produtos da Kobe Steel foram vendidos a 688 empresas no Japão e no exterior.
Funcionários de alto perfil envolvidos na falsificação
A investigação interna descobriu que cerca de 40 funcionários de alto perfil da empresa, incluindo aqueles que se aposentaram, estavam envolvidos em instruir trabalhadores a falsificar dados para atender às condições estabelecidas em contratos assinados com os clientes da empresa.
Algumas plantas tinham terminologia específica para o ato de entregar produtos após resulatdos de testes serem falsificados.
E alguns produtos foram enviados com carimbos dos Padrões Industriais Japoneses mesmo sem a inspeção necessária ter sido realizada.
Penalidades
A Lei de Prevenção de Competição Injusta inclui penalidades criminais em casos onde falsa rotulagem ou outras medidas são realizadas para enganar clientes ao fornecer produtos ou serviços.
Indivíduos que forem considerados culpados podem enfrentar penas máximas de cinco anos de prisão ou uma multa de cinco milhões de ienes ($46 mil dólares). A multa máxima para uma empresa é de 300 milhões de ienes.
Fonte: Asahi Imagem: ANN