A polícia investigou um recorde de 1.813 casos envolvendo menores de idade que foram vítimas de crimes sexuais e outros cometidos através do uso de mídia social em 2017, mostraram dados oficiais na quinta-feira (26).
Acredita-se que o número, excluindo casos que envolvem serviços de encontros, tenha sido estimulado por um aumento na quantidade de crianças que são coagidas a enviar nudes (envio de fotos ou vídeos nus em redes sociais) a pessoas que elas conhecem online, de acordo com a polícia.
O número de tais casos teve alta de 77 ante o ano anterior para o nível mais alto desde 2008, quando os dados se tornaram disponíveis, disse a ANP- Agência Nacional de Polícia.
“Crianças podem começar a discutir ou compartilhar suas preocupações (através da mídia social), mas poderiam ser ameaçadas pelos (usuários) que obtêm dados através de interações online”, disse um oficial da ANP.
Uma série de crimes foi reportada, envolvendo criminosos fingindo ser crianças de idade similar à da vítima, usando fotos falsas de perfil, para se encontrar ou fazer com que o (a) menor de idade envie selfies explícitas.
Do total, 702 menores foram vítimas de má conduta sexual e outros crimes em violação à lei de proteção juvenil – um número que continuou quase inalterado aos longos dos últimos anos.
Violações da lei que proíbe a prostituição e pornografia infantil têm estado em alta nos últimos anos, com o número de vítimas de prostituição infantil totalizando 447 em 2017. O número dobrou dos 226 em 2013.
Menores em casos de pornografia infantil, incluindo aqueles envolvendo nudes, chegaram a 570, alta de 341 em 2013.
Um total de 61 crianças foram vítimas de crimes graves, incluindo 24 estupros e 21 raptos. Não houve casos de assassinato registrados.
A vítima mais jovem tinha 8 anos de idade, que foi convencida a enviar uma foto a alguém que ela conheceu através do YouTube.
Descobriu-se que o Twitter e outros serviços online que permitem comunicação em massa com múltiplos usuários foram usados por muitas vítimas.
Dos 1.468 menores que se encontraram com os criminosos pessoalmente após se conhecerem online, 29.6% disseram que foram para receber dinheiro e presentes, seguido por 22.9% os quais disseram que foram tratados de forma gentil ou receberam conselhos e 17% que estavam querendo fazer amigos.
Fonte: Japan Times, Kyodo Imagem: Banco de imagens