Gunma registra aumento de estrangeiros, com recorde

O número de residentes estrangeiros não só aumentou como foi recorde, em 31 de dezembro do ano passado. Veja mais detalhes.

Oizumi, Brazilian Town (Trip Advisor)

O governo da província de Gunma divulgou na quarta-feira (26) os números dos residentes estrangeiros. O fechamento dos dados foi em 31 de dezembro do ano passado, com aumento de 6% em relação ao ano anterior.

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O total mostrado é de 56.597 estrangeiros, vindos de 111 países diferentes, o que mostra registro histórico da província. Na época da crise econômica desencadeada pelo Lehman Shock, em 2008, muitos deixaram a província, retornando para seus países. Mas, a partir de 2015 a curva voltou a subir.

Em maior número são os brasileiros, com 12.191 residentes, sendo 6.504 do sexo masculino e 5.687 do feminino, com aumento de 3% se comparado a 2017.

Em segundo lugar vêm os vietnamitas com 8.174 , depois os filipinos, com 7.984, 7.572chineses e 4.559 peruanos.

Com população total de 1,98 milhão de pessoas os estrangeiros representam 3% dos residentes.

A crescente aceitação de estagiários técnicos parece ter influenciado no aumento dos estrangeiros.

Isezaki, Ota, Oizumi, Maebashi e Takasaki são as cidades que mais acolhem os residentes estrangeiros.

Gráfico dos residentes estrangeiros, de 2010 a 2018 (PM)

Fonte: governo 

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Jornada de 17h/dia das birmanesas para ganhar ¥150 mil

Publicado em 27 de fevereiro de 2019, em Sociedade

O drama do trabalho escravo das 5 birmanesas que trabalhavam mais de 15 horas por dia, mesmo sendo estagiárias técnicas, foi para justiça trabalhista.

As 5 estagiárias técnicas birmanesas na coletiva de imprensa (Mainichi)

Na tarde de quarta-feira (27) cinco birmanesas, todas estagiárias técnicas, realizaram uma coletiva de imprensa para relatar sobre as mais de 15 horas de trabalho diário. Começavam às 7h e não tinham horário para encerrar o expediente, conforme mostraram em vídeos.

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Foram acolhidas pelo Sindicato dos Birmaneses Residentes no Japão e entraram com queixa na Delegacia da Inspeção das Normas Trabalhistas de Toyohashi (Aichi).

De 15 a 17 horas por dia

Elas vieram do Miyanmar ao Japão em 2017 e desde então trabalharam em uma empresa agrícola de produção de perila (shiso ou ooba, em japonês), de Toyohashi. O trabalho das 5 era separar, fazer maços de 10 e empacotar as folhas de perila.

A jornada era extensa. Começava às 7h e ia até as 15h30 com um intervalo para almoço. Depois retomavam às 17h e seguia até mais de meia-noite. Havia dias em que trabalhavam 17 horas.

Relógio, ao fundo, mostra que passa da meia-noite, no empacotamento de folhas de perila (cedidas)

Se conseguissem fazer 3 mil pacotes mensais o salário era de 96 mil ienes. Mas a empresa pedia que cada uma produzisse pelo menos 4 mil pacotes mensais.

O que elas conseguiam obter como salário era na faixa de 100 a 150 mil ienes. Enquanto o salário mínimo em Aichi é de 898 ienes, se fizer as contas as trabalhadoras ganhavam na faixa de 200 a 300 a hora. Muito inferior ao determinado pela lei.

“Vida mais humana”

Por outro lado a empresa empregadora nega dizendo que elas não trabalhavam à noite, mas elas apresentaram as anotações dos horários trabalhados.

“Nossa resistência física caiu pelo pouco tempo de sono. Queremos ter uma vida mais humana”, contestou uma delas.

“Vim ao Japão para desenvolver tecnologia agrícola, mas sofri uma ferida emocional que não consigo expressar em palavras”, lamentou outra vítima do Miyanmar.

O sindicato entrou com pedido de pagamento das diferenças salariais, o que varia de 1,5 a 3 milhões por pessoa.

Fontes: Tokai TV e Mainichi 

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