O Japão rebaixou sua avaliação da economia na segunda-feira (13), usando a expressão “deteriorando” pela primeira vez em mais de seis anos, em meio à lenta demanda nas exportações de automóveis e equipamentos de fabricação.
O Escritório do Gabinete disse que seu índice coincidente de condições de negócios para março caiu 0.9 ponto em comparação ao mês anterior, para 99.6, contra a base de 100 em 2015.
O rebaixamento é um grande revés para o primeiro-ministro Shinzo Abe enquanto seu governo está determinado a aumentar o imposto sobre consumo em outubro dos atuais 8% para 10%, uma medida que pode diminuir os gastos do consumidor e ferir a terceira maior economia do mundo.
A avaliação do principal indicador feita pelo Escritório do Gabinete ocorreu após uma recente série de dados econômicos fracos, incluindo uma queda de 0.9 por cento da produção industrial em março, em meio a prolongadas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.
Um representante do governo informou aos repórteres que fracos envios à China e a outras partes da Ásia de equipamento usado para produzir semicondutores pesaram nos resultados do mês reportado.
O Escritório do Gabinete usou a mais fraca de suas cinco expressões para avaliação de seu principal indicador ao descrever a economia como “deteriorando”. A última vez que ele usou tal descrição para o indicador foi entre outubro de 2012 e janeiro de 2013.
Um painel do governo decidirá formalmente a extensão do ciclo econômico após analisar mais dados, um processo que pode levar mais de um ano.
Analistas dizem que o painel pode não julgar a situação “deteriorando” como fase recessiva, se uma desaceleração econômica provar ser de curta duração.
Fonte: Mainichi