Devido ao impacto do novo coronavírus na economia o número de participantes nas aulas de língua japonesa oferecidas pela Associação Internacional de Handa (Aichi) está mudando. Até então a maioria era vietnamita, mas depois do crise o número de brasileiros aumentou muito.
Segundo informação da associação muitos deles ocupavam postos simples que não precisavam do conhecimento do idioma japonês, enviados como trabalhadores haken. Depois da divulgação “se não sabe japonês fica difícil encontrar nova colocação”, o número de alunos verde amarelos aumentou.
As classes foram suspensas temporariamente devido à epidemia da Covid-19, mas retornaram em setembro. Antes havia mais de 100 alunos em 5 turmas, mas tiveram que ser reduzidas para evitar contágio.
Segundo a associação nas classes básicas muitos dos brasileiros disseram “quero reaprender o idioma japonês”. Naoko Inao, da associação, disse “se você não fala japonês, é mais provável que seja demitido do que alguém que sabe. Se não sabe japonês é difícil conseguir um novo emprego”.
São aproximadamente 4,2 mil estrangeiros residentes na cidade. Os brasileiros respondem por 40% do total. A associação colou cartazes nas igrejas informando sobre as classes. Após a retomada, novos alunos vieram um após o outro e atualmente os brasileiros representam 50% dos alunos, boa parte do chamado hakengiri (派遣切り), cujo significado é cessação do contrato por ser trabalhador haken ou enviado por empreiteira.
Além de aprender a língua japonesa os professores se esforçam para dar orientações sobre o cotidiano. “Gostaria de ajudá-los nos aspectos do dia a dia e segurança para que possam dizer que estão felizes por viverem em Handa”, disse Seimi Suzuki, um dos professores.
Fonte: Chunichi