A Organização Mundial da Saúde – OMS diz que alguns de seus funcionários estiveram envolvidos em abuso sexual e exploração durante uma crise do ebola na República Democrática do Congo.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Gebreyesus, pediu desculpas pelos crimes na terça-feira (28) após a divulgação de um relatório final sobre o assunto realizado por uma comissão independente estabelecida pela organização.
Segundo o relatório, 83 trabalhadores humanitários, incluindo 21 empregados pela OMS, estavam envolvidos nos casos. Muitos deles eram congoleses e dizem que os alegados infratores prometeram empregos em troca de sexo.
O relatório diz que 29 mulheres engravidaram, incluindo uma adolescente de 13 anos que foi estuprada.
O documento é baseado em entrevistas com 75 pessoas do sexo masculino e feminino, de 13 a 43 anos, as quais disseram que foram vitimizadas.
A investigação foi iniciada no ano passado em resposta a reportagens da mídia falando que alguns funcionários da OMS haviam forçado mulheres a terem relações sexuais em troca de trabalho entre 2018 e 2020. A OMS estava trabalhando para lidar com um surto de ebola.
Tedros disse que ele lamenta pelo que foi feito às vítimas por pessoas que eram empregadas pela OMS para servi-las e protegê-las.
O chefe da OMS prometeu “reforma generalizada” das estruturas de sua organização e capacidade institucional para evitar uma recorrência de abuso sexual e exploração.
Fonte: NHK