Quando a Bridgestone Cycle anunciou no mês passado que aumentaria os preços pela 1ª vez em 3 anos – em até 11% para modelos convencionais e em até 5% para os elétricos – pessoas inteiradas com a indústria foram pegas de surpresa.
Muitas empresas no Japão têm resistido a aumentos de preços, temendo afastar clientes em meio a décadas de deflação. Mas como a mudança no estilo de vida pelo coronavírus causou um aumento na demanda por bicicletas, mais atuantes na indústria também estão seguindo a tendência.
A Bridgestone pode ser um dos maiores nomes do Japão a entrar na tendência, mas não é a primeira. A Asahi aumentou os preços em cerca de 70% de sua mercadoria em 5% a 7% no fim de fevereiro. A Tokyobike subiu os valores em agosto, enquanto a grande fornecedora de peças Shimano cobrou mais em certos envios com início em julho.
Ao primeiro olhar, essa mudança parece ser decorrente primariamente de questões relacionadas ao fornecimento. Aço inoxidável e alumínio, usados amplamente em armações, pedais e componentes de bicicletas, estão variando a altas históricas.
Medidas de distanciamento social, lockdowns pelo coronavírus e escassez de energia também apertaram a produção de bicicletas e seus componentes na Ásia.
Mas a demanda está aumentando também, visto que a pandemia muda como consumidores no Japão se locomovem e comem.
Mais pessoas evitam locais fechados e aglomerados como trens em horas de pico onde o coronavírus poderia se espalhar facilmente, optando pode se locomover de bicicleta.
Horários de funcionamento reduzidos de restaurantes e outras restrições da Covid-19 também alimentaram o aumento de serviços de entrega no Japão, principalmente em grandes cidades. Muitos entregadores usam bicicletas como seus veículos de escolha.
Fonte: Asia Nikkei