Na quinta-feira (30) a província de Okinawa teve 50 novos casos de infecção pelo coronavírus, o maior desde 30 de setembro. Nas bases americanas a soma foi de 45 testados positivo.
Desde a semana anterior, quando teve 33 testados positivo na véspera do Natal, os números têm sido de dois dígitos por dia, exceto na segunda-feira (27).
Além do contágio do coronavírus tradicional, a província já confirmou 20 casos de ômicron, cuja maioria (18) são funcionários japoneses que trabalham nas bases americanas Camp Hansen, em Kin, e também de Kadena, cidade homônima, os quais infectaram parentes e familiares. Mas há casos de disseminação comunitária, cujo índice chegou a 58% no norte de Okinawa.
“A epidemia aumentará no início do ano, e o índice de alerta da província pode atingir o nível 2 e 3 ou mais”, prevê Denny Tamaki, o governador, na quinta-feira. Além disso, expressou “acho que a infecção comunitária já começou”.
“Estou preocupado que, se a infecção continuar aumentando, terei que solicitar a aplicação das medidas prioritárias como prevenção da disseminação ao governo do país”, disse Tamaki.
Índice de infecção mais elevado do Japão
Até quarta-feira (29) o índice a cada 100 mil habitantes é de 10 em Okinawa, o mais elevado do país. Em segundo lugar está Gunma, com 6, enquanto a média nacional é de 1,3.
O governador apelou para a continuidade da implementação completa das medidas básicas de controle de infecção, como evitar aglomerações, manter distanciamento social, uso de máscara e higienização das mãos.
Reflexo imediato no turismo
Pelo fato de Okinawa apresentar um elevado número de pessoas testadas positivo para o coronavírus com a variante ômicron o turismo está sendo afetado.
Na quarta-feira alguns hotéis da província informaram que começaram os cancelamentos de reservas por causa disso. A estimativa era uma taxa de ocupação de 80 a 90% dos leitos, mostrando recuperação, mas os cancelamentos na faixa dos 5%, no final e começo de ano, vão prejudicar os planos.
Uma parte dos turistas está atenta à expansão da epidemia.
Se desencadear a 6.ª onda de infecção a campanha Go To Travel será suspensa, por isso, o setor de turismo de Okinawa pede que aperte ainda mais as medidas de fronteira do país, para que isso não aconteça.
Fontes: Okinawa Times, Ryukyu Shimpo, FNN, Mainichi e News Digest