Exemplo de mudança de rota do voo da ANA, tendo que dar uma volta (© Flightrader24 via FlyTeam)
Desde quinta-feira (4) as companhias aéreas de transporte de passageiros e de carga estão fazendo desvios nas rotas porque as autoridades de aviação chinesas estabeleceram uma zona de exclusão aérea perto de Taiwan.
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Isso afeta não só as empresas aéreas de Taiwan, como também as japonesas, pois a ANA e JAL tiveram que fazer uma rota diferente.
A área de exercícios da China fica perto do norte e nordeste de Taipei. As rotas do Japão para Taipei geralmente vão direto ao norte das Ilhas Miyako e Ishigaki para se conectar com a capital taiwanesa.
A rota Narita-Taipei operada pela ANA na quinta-feira usou uma rota que entra em Taiwan perto de Kaohsiung, do sul de Miyako e Ishigaki. O voo 802, de Taipei para Narita, operado pela JAL, evita a área a nordeste de Taipei e adotou uma rota que voa para a área ao sul de Miyako e Ishigaki.
A Nippon Cargo Airlines e a Starlux também estão rotas diretas ao norte das ilhas Miyako e Ishigaki, evitando a área de exercícios militares chineses.
O Exército de Libertação do Povo Chinês enviou sua Marinha, Força Aérea, Força de Foguetes e Forças de Apoio Estratégico para realizar exercícios para cercar Taiwan.
O conteúdo do plano inclui ataques navais e terrestres, garantia de superioridade aérea e confirmação de capacidades de operações conjuntas em termos de controle.
Em marrom claro os locais onde a China instalou suas bases para o exercício militar, cercando Taiwan (Guarda Costeira do Japão via FlyTeam)
A Força Aérea Chinesa anunciou que está mobilizando caças furtivos J-20, caças J-16 e bombardeiros H-6 para os exercícios.
Taiwan também anunciou que na quarta-feira (3), os caças J-11, J-16 e Su-30 da Força Aérea Chinesa entraram na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan.
Fonte: FlyTeam