‘Vidas que poderiam ser salvas não serão’, lamenta médico

Mais da metade das províncias já está sofrendo com poucos leitos e algumas já estão sem. Médico lamenta profundamente pela situação e explica o que acontece.

Imagem ilustrativa de médico que atende pacientes com covid (Public Domain Pictures)

Como o feriado de Obon começa na quarta-feira (10), nas grandes capitais como Tóquio ou Nagoia, os respectivos governos estão disponibilizando testes de antígeno gratuitamente para quem irá retornar à terra natal ou viajar, de forma segura. 

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Em contrapartida, os hospitais do país, em geral, estão com falta de pessoal e com os leitos se esgotando para tratar os pacientes com covid e também dos com outras doenças. Não são poucos os hospitais que suspenderam inclusive a consulta rotineira. 

Temor de aumento de pacientes com covid 

Uma grande preocupação do setor médico-hospitalar é que poderá aumentar ainda mais o número de pessoas testadas positivo após o feriado prolongado, pois, além das viagens os grandes eventos como festivais dos fogos de artifício, shows e outros continuam acontecendo, sem restrições.

Morte de criança

Na segunda-feira (8), o governo da província de Tóquio informou que uma paciente com menos de 10 anos morreu no hospital, de covid, no mesmo dia que testou positivo em 30 de julho. Foi a terceira criança que morreu de covid na capital do país.

SARS-CoV-2 (Flickr)

Os números de óbitos diários são elevados, na faixa dos 150 nos últimos 3 dias, como na sexta onda de infecção pelo coronavírus.

Declaração de emergência médica   

Okinawa foi a primeira das 47 províncias a fazer essa declaração pela situação crítica e outras também estão em situação parecida, como todas as cidades de Nagano, cidade de Kumamoto, Shiga e Osaka

Das 47 províncias, 36 estão com taxa de ocupação dos leitos acima de 50%, até segunda-feira. Kanagawa é a pior, com 96%, seguida de Kumamoto e Okinawa com 86%, depois Shizuoka com 82%, Aichi com 80%, Fukuoka com 76% e Shiga com 75%.

“Até 3 semanas atrás, a maioria dos leitos destinados aos pacientes com covid estavam vazias. Nas próximas duas ou 3 semanas todas estarão ocupadas”, disse o médico e professor Hideaki Oka, do Centro Médico Geral da Universidade de Medicina de Saitama, cuja província está com taxa de 68%.

Nesse hospital todos os leitos destinados aos pacientes com sintomas moderados e graves já foram ocupados, a pedido do governo local, para tratamento dos com sintomas leves. 

“Queríamos deixar camas para os doentes graves. Mas, como não há mais onde internar os moderados e leves, foram trazidos. Estamos em uma situação em que não é possível salvar quem poderia ser recuperado”, disse o médico. 

Além disso, está sobrecarregando todo o pessoal, desde enfermeiros a médicos com essa situação, trabalhando sem folga.

O professor e médico Oka, ainda disse que está com o coração apertado, pois ouve muitas queixas porque o hospital já não pode mais fazer consultas de pacientes com outras doenças.

“Porque não pode nos atender?”, “Porque me faz esperar tanto?”, ou na pior das situações, “Você quer me matar?”, questionam. O médico disse que o pessoal da linha de frente está exausto para dar as explicações e lidar com essas situações difíceis.

Parte superior da imagem sobre a declaração de emergência médica em Okinawa (Gov.)

Em Okinawa não é diferente. “O atendimento médico de sempre, para todos, não está sendo possível agora”, diz um comunicado do governo local. Por isso, há um pedido fervoroso para a população se cuidar, a fim de evitar a infecção pelo coronavírus, especialmente nos lares onde há idosos e pessoas com comorbidades.

E também, um aviso de que os hospitais estão com congestionamento nas linhas telefônicas nas últimas semanas, por isso, a recomendação para quem tem sintomas considerados leves deve se tratar em casa.

Fontes: JNN, UUB, News Digest, ANN, NHK, Kyoto Shimbun e Gov. Okinawa 

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EUA anunciam nova assistência militar de US$1 bilhão para a Ucrânia

Publicado em 9 de agosto de 2022, em Sociedade

Esse é o pacote mais recente de auxílio de Washington para a Ucrânia.

Bandeiras da Ucrânia e Estados Unidos (ilustrativa/banco de imagens)

A administração de Joe Biden anunciou na segunda-feira (8) um pacote de assistência militar de US$ 1 bilhão para a Ucrânia, que inclui munições para armas de longo alcance e veículos de transporte médico blindados.

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Esse é o pacote mais recente de auxílio de Washington para a Ucrânia, já tendo oferecido US$8,8 bilhões desde a invasão da Rússia ao país vizinho no fim de fevereiro.

Enquanto isso, a Agência para Desenvolvimento Internacional dos EUA (USAID) também prometeu US$4,5 bilhões em suporte orçamentário para ajudar a Ucrânia a financiar necessidades governamentais urgentes, incluindo pagamentos de aposentadoria, bem-estar social e custos de saúde.

O fundo, coordenado com o Departamento do Tesouro dos EUA através do Banco Mundial, irá para o governo ucraniano em parcelas, começando com um pagamento de US$ 3 bilhões em agosto, disse a USAID.

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