O Ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, disse que “a defesa nacional é uma linha vermelha para Taiwan”, avisando que se as aeronaves militares da China entrarem no espaço aéreo, está pronto para atacar.
Seria o primeiro ataque de Taiwan contra essas aeronaves que vêm sobrevoando nas imediações desde que a vice-presidente americana fez sua visita.
No Estreito de Taiwan, desde agosto, os caças chineses e outras aeronaves sobrevoaram a “linha mediana”, que teria sido tacitamente acordada por ambos os lados como uma linha de demarcação para evitar confrontos acidentais entre as forças chinesas e taiwanesas.
Taiwan definiu anteriormente um primeiro ataque dos militares da China como um com mísseis e artilharia, dizendo que não o faria sem tais movimentos. Mas Chiu disse na quarta-feira (5) que os militares da China minaram o acordo tácito na linha mediana, mudando claramente o status quo.
Depois que o presidente Xi Jinping, decidiu continuar no poder, pelo terceiro mandato, a ser definido no 20.º Congresso Nacional do Partido Comunista, que será aberto no dia 16, a China disse que aumentaria a pressão sobre Taiwan para “se opor à independência e promover a unificação“, estima um político de alto escalão taiwanês, na quinta-feira (6).
Taiwan é um país?
A China insiste em “reunificar” a República Popular com Taiwan, que tem sido governada de forma autônoma desde que os nacionalistas recuaram em 1949, depois de perderem a guerra civil contra os comunistas, e continuaram com o regime da República da China. A transição de Taiwan para a democracia ocorreu nos anos 90 e tem governo próprio, eleito pelo povo, instituições independentes, moeda nacional e forças armadas. Participa ativamente do comércio internacional e é membro da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC).
Logo, é um Estado soberano, mas não reconhecido como tal pela ONU e tampouco pela maioria dos países do mundo e mantém relações diplomáticas com cerca de 30 países, entre eles, Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos.
Fontes: JNN, Asahi e NHK