A companhia petroquímica brasileira Braskem está considerando planos para a primeira produção de larga escala do Japão de plásticos derivados de planta, soube o site Asia Nikkei, uma medida que poderia ajudar a reduzir uma das maiores fontes de emissões de dióxido de carbono do país.
O projeto produziria polietileno, usado em utensílios e sacolas, inteiramente de matéria vegetal.
Ele seria capaz de produzir cerca de 200 mil toneladas por ano, equivalente a aproximadamente 10% da produção anual do Japão de polietileno derivado de petróleo. A produção começaria já em 2026.
A Braskem, que exporta plásticos derivados de planta para o Japão, antecipa demanda mais forte em um país que é um grande consumidor de plástico de uso único.
A petroqímica brasileira está ponderando um empreendimento conjunto com parceiras japonesas já em 2023 para o projeto. A planta transformaria etanol derivado de cana-de-açúcar importado do Brasil e de outros lugares em etileno para ser processado em polietileno.
A companhia abriu nos anos 2010 o que ela chamou de primeira fábrica do mundo para polietileno inteiramente derivado de planta no Brasil, e anunciou possíveis estudos em uma proposta para instalação na Tailândia.
Enquanto misturar plásticos derivados de planta e petróleo seja cada vez mais comum, o processo de produção da Braskem usa apena matéria vegetal.
A Braskem foi classificada entre as 20 maiores petroquímicas do mundo em vendas no ano de 2021, a cerca de US$20 bilhões.
Fonte: Asia Nikkei