O fóssil do crânio que pertence ao extinto Coccocephalus wildi (YouTube/Science X: Phys.org, Medical Xpress, Tech Xplore)
Um escaneamento de um crânio de um peixe fossilizado de 319 milhões de anos levou à descoberta do exemplo mais antigo de um cérebro de vertebrado bem preservado, oferecendo nova luz à evolução primitiva de peixes ósseos.
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O fóssil do crânio que pertence ao extinto Coccocephalus wildi foi descoberto em uma mina de carvão na Inglaterra há mais de um século, de acordo com pesquisadores do estudo publicado no jornal Nature na quarta-feira (1º).
O fóssil é a única espécie conhecida do peixe, então cientistas da Universidade de Michigan nos EUA e da Universidade de Birmingham no Reino Unido usaram técnica de imagem não destrutiva de tomografia computadorizada (CT) para olhar o interior e examinar sua estrutura.
Ao fazer isso veio a surpresa. A imagem de CT mostrou uma “bolha não identificada”, disse a Universidade de Michigan em um comunicado de imprensa.
O distinto objeto em 3D tinha uma estrutura claramente definida com características encontradas em cérebros de vertebrados: ele era bilateralmente simétrico, continha espaços ocos similares em aparência a ventrículos e tinha filamentos estendidos que lembravam nervos cranianos.
“Foi tão inesperado que levamos um tempo para estarmos certos de que era realmente um cérebro.
Além de ser simplesmente uma curiosidade de preservação, a anatomia do cérebro nesse fóssil tem grandes implicações para nosso entendimento sobre evolução do cérebro em peixes”, disse a coautora do estudo, Sam Giles, uma paleontóloga de vertebrados e pesquisadora sênior na Universidade de Birmingham.
A scan of the skull of a 319-million-year-old fossilized fish has led to the discovery of the oldest example of a well-preserved vertebrate brain, shining a new light on the early evolution of bony fish https://t.co/FvOF81piri