A Rússia anunciou uma política de exigir que empresas originárias de “países não amigáveis” que estão vendendo seus ativos e saindo do país façam uma certa quantia de “doações voluntárias” para o orçamento russo.
O governo russo anunciou a exigência na segunda-feira (27) para empresas dos EUA, países europeus e Japão, dentre outros, os quais foram designados por Moscou como “nações não amigáveis” após sua invasão à Ucrânia.
Acredita-se que Moscou esteja tentando evitar que companhias com capacidades avançadas de tecnologia deixem a Rússia ao aumentar o custo de saída, enquanto que simultaneamente garante fundos para a guerra.
O comitê de investimento estrangeiro do governo russo introduziu a política em 2 de março. Ela foi uma revisão daquela anunciada no mês de dezembro em relação a “doações voluntárias” por empresas estrangeiras que deixam a Rússia.
A nova política exige que companhias de países não amigáveis doem pelo menos 5% do valor avaliado de seus ativos para o orçamento russo quando saem do país. No caso de vender suas operações russas a descontos de mais de 90%, a quantia a ser paga para a tesouraria do país será de pelo menos 10% do valor avaliado.
De acordo com base de dados da Escola de Economia de Kiev da Ucrânia, que examina tendências de companhias estrangeiras que operam na Rússia, mais de 1,2 mil empresas de fora continuam a operar no país.
Das 466 companhias que anunciaram suas saídas da Rússia após a invasão, apenas 207 concluíram os procedimentos necessários para isso, incluindo a venda de seus ativos, de acordo com a base de dados.
Acredita-se que a Rússia esteja enfrentando dificuldades para garantir novas fontes de lucros em meio à incerteza que tem seguido sua dependência cada vez maior de exportações de petróleo e gás natural, devido a sanções impostas pelos EUA e Europa.
Fonte: Yomiuri