Uma em cada 4 pessoas no Japão que contraiu covid-19 ainda sofreram com os efeitos colaterais 18 meses após a infecção ter sido confirmada, descobriram pesquisadores.
Um estudo realizado com 1.148 pessoas entre 20 e 70 anos que contraíram a doença entre fevereiro de 2020 e novembro de 2021 descobriu que muitos ex-pacientes de Covid foram afetados levemente no início da doença, mas tomaram consciência dos sintomas persistentes posteriormente.
As descobertas feitas pelo Hospital Central do Centro Nacional para Saúde Global e Medicina revelaram o fato de que problemas de saúde podem persistir por mais tempo após uma pessoa contrair o vírus.
Shinichiro Morioka, médico no hospital que faz parte da equipe de pesquisa, citou que o coronavírus foi rebaixado em 8 de maio para a categoria 5 sob a lei de prevenção de doenças infecciosas “o que significa que atenção especial não será mais prestada para a doença”.
Entretanto, ele disse que o surgimento de sintomas após o início da infecção pode sugerir “que ela ainda continua a exigir cuidado especial”.
Efeitos colaterais por 2 meses ou mais
Das 1.148 pessoas que foram entrevistadas no estudo, 502 responderam a um questionário online ou por escrito em março de 2022. Aqueles levemente afetados contaram por 393, ou 78,3% daqueles que responderam.
Cerca de 212 pessoas sofreram efeitos colaterais por 2 meses ou mais dentro de 3 meses após contrair a covid-19.
Os problemas incluíram baixos níveis de concentração, a 20,1%, e senso olfativo reduzido, também a 20,1%.
Ex-pacientes que reportaram que se sentiram atordoados, tiveram perda de memória ou sofreram de fadiga crônica ou depressão contaram por 17,8%, 16,4%, 15,4% e 13,9%, respectivamente.
Os entrevistados que tiveram problemas com essa situação 1 ano depois contaram por 30,5%. A proporção chegou a 25,8% 1 ano e meio depois da infecção ter sido confirmada.
Senso reduzido de olfato e queda de cabelo foram suscetíveis a durar mais para mulheres.
Morioka citou que os efeitos colaterais do vírus surgem em várias formas e podem exercer um impacto significante na aparência da pessoa e atividades sociais.
“Sintomas pós-infecção precisam ser endereçados mais amplamente para oferecer uma variedade maior de meios para acolher tais pacientes”, disse ele.
As descobertas foram publicadas no jornal internacional Public Health.
Fonte: Asahi