Tufões fortes devem afetar o Japão antes do pico da temporada, dizem especialistas

As temperaturas da superfície do oceano têm um grande efeito sobre a formação de tufões.

O tufão Mawar em seu pico de intensidade sobre o Mar das Filipinas em 26 de maio de 2023 (Wikimedia Commons/EOSDIS Worldview)

O forte tufão Mawar trouxe chuva pesada para partes do Japão quando se aproximou de Okinawa em 1º de junho de 2023.

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De acordo com a Agência de Meteorologia do Japão (AMJ), esse foi o terceiro tufão mais forte a se desenvolver em maio desde 1951, quando os registros começaram a ser mantidos.

Por que tal tempestade ocorreu tão cedo e o que podemos esperar da temporada de tufões deste ano?

As temperaturas da superfície do oceano têm um grande efeito sobre a formação de tufões. De acordo com a AMJ, a temperatura da superfície do mar perto de Guam estava 1ºC mais alta do que o normal.

As condições também eram propícias para o Mawar se intensificar enquanto ele continuava seu caminho para o oeste sem mesmo avançar em terra em grandes ilhas e, portanto, não perdendo sua força.

Tomoe Nasuno, pesquisador líder na Agência do Japão para a Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia Marinha e Terrestre (JAMSTEC), apontou que a Oscilação Madden-Julian (MJO), em que grandes formações de nuvens se movem vagarosamente para o leste a partir dos Oceanos Índico e Pacífico, pode estar relacionada com o desenvolvimento do Mawar.

Desde sua descoberta nos anos 1970, acredita-se que o fenômeno do clima de grande escala represente um grande papel na atividade de tufões e monções.

Cavado de monção

Durante o verão no oeste do Oceano Pacífico, ventos do oeste tropicais que fluem do sul da Eurásia em direção ao Mar do Sul da China criam um vórtex de baixa pressão quando entram em contato com o cume de alta pressão de ventos do leste subtropicais. Isso é chamado de “cavado de monção”, considerado um foco para a formação de tufões.

Embora maio seja o mês durante o qual a temporada de ventos do oeste geralmente continue fraca, neste ano, a MJO se tornou bem ativa entre 20 e 25 de maio. Nasuno suspeita que o cavado de monção que se desenvolveu a partir de ventos do oeste pela MJO, configurou as condições certas para informação mais fácil e desenvolvimento de tufões.

Nível maior de precaução para fortes tufões será necessário neste ano

Neste ano, é esperado com uma probabilidade de 80% que o El Niño aumente as temperaturas da superfície do mar até o verão após seu oposto, o efeito El Niña, que reduz as temperaturas da superfície do oceano entre a área equatorial do Pacífico e a costa da América do Sul, termina.

Sabe-se que mais tufões do que o de costume tendem a se desenvolver no sudeste tropical do Pacífico Ocidental nos anos em que os El Niños se formam, e um maior número desse se transforma em fortes tempestades devido ao tempo estendido que eles levam passando sobre as águas quentes tropicais.

“No momento, as temperaturas das águas no oeste do Oceano Pacífico ainda não caíram pelos resquícios do efeito La Niña. É provável que esse foi um dos fatores os quais permitiram que o tufão Mawar mantivesse sua intensidade, e um nível maior de precaução para fortes tufões será necessário neste ano”, disse Nasuno.

Fonte: Mainichi

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Pássaros causam atraso em 18 voos no aeroporto de Naha

Publicado em 5 de junho de 2023, em Sociedade

Por causa dos 3 relatos de problemas com aves, as pistas do aeroporto de Naha foram fechadas 3 vezes para inspeção.

Vista aérea do Aeroporto de Naha, em Okinawa (Okinawa Times)

No domingo (4) as pistas de embarque e desembarque do Aeroporto de Naha (Okinawa) foram fechadas 3 vezes por causa dos relatos de bird strike, o que pode ser traduzido como risco aviário, ou colisão de pássaros contra a aeronave.

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O primeiro relato foi por volta das 9h35, do piloto do avião da Skymark, voo 503, o qual partiu do aeroporto de Fukuoka para pouso em Naha. A Skymark informou que embora o piloto tenha relatado para a torre de controle que “algo atingiu a aeronave”, não foi constatado dano. 

O segundo relato foi do piloto da All Nippon Airways (ANA), por volta das 9h50, dizendo que “pássaros cruzaram a frente durante a decolagem”.

Depois de receber os relatos, a operadora do aeroporto de Naha fechou todas as pistas para inspeção, o que durou cerca de 17 minutos. Depois disso, o piloto de uma aeronave de pequeno porte que estava prestes a decolar informou que viu um pássaro caído na pista. Novamente foi feita inspeção na pista de decolagem, entre 10h40 às 10h50.

Por conta disso, 18 voos foram prejudicados com atrasos. Soube-se que dois da Peach Aviation tiveram atraso de até 30 minutos.

Fontes: Okinawa Times e Ryukyu Shimpo

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