Tufão devasta Guam e segue em direção a Okinawa

Um dos piores tufões dos últimos anos assolou Guam (veja os vídeos). Agora, segue em direção a Taiwan e Filipinas, podendo causar danos em Okinawa.

Tufão número 2, com olho definido, em imagem de satélite na manhã de sexta-feira (Tenki)

A Agência de Meteorologia do Japão (AMJ) continua classificando o tufão Mawar, o segundo do ano, de “feroz”, pois às 9h de sexta-feira (26) tinha pressão atmosférica central de 905hPa.

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Essa mesma classificação foi dada em 2015, para o 6.º tufão desse ano, portanto, fazia 8 anos que não se via um tão devastador. Outro detalhe é que é incomum um dessa categoria em maio.  

O destruidor tufão Mawar causou muitos danos em Guam (EUA), na Micronésia, entre a noite de quarta-feira (24) até a manhã do dia seguinte, quando cobriu a ilha com toda essa potência “feroz”. Segundo a imprensa americana, a velocidade dos ventos chegou a 145 mph, o equivalente a 233 quilômetros por hora.

Segundo o National Hurricane Center (NHC), o tufão Mawar foi classificado como categoria 4 dos furacões, ou seja, capaz de causar danos catastróficos. E foi o que aconteceu em Guam, onde se viu casas destelhadas, vidros quebrados, paredes afetadas, árvores caídas, sem falar na água que invadiu hotéis e residências, por causa das inundações causadas pela chuva torrencial.

Foram inúmeros tuítes dos japoneses residentes em Guam, veja alguns no final da matéria.

Tufão segue em direção a Okinawa

Tufão Mawar às 9h de sexta-feira e a previsão de curso para os próximos dias (Tenki)

Segundo a AMJ, na segunda-feira (29), o Mawar deverá ter perdido um pouco de sua potência, sendo classificado como muito forte. 

A previsão indica que segue um curso em direção a Taiwan e Filipinas, o que coloca as ilhas da província de Okinawa sob vigilância, como Miyako, Ishigaki e as demais, mais ao sul, a partir de segunda-feira. A AMJ pede aos pescadores e surfistas de Okinawa que se retirem do mar por causa do elevado risco quando o tufão se aproximar.

Como o Mawar pode mudar o curso, é importante ficar atento ao seu movimento. 

Veja alguns posts no Twitter, de japoneses que estão em Guam.

Fontes: AMJ, News Digest, ANN e Tenki

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Novo antibiótico que mata superbactéria é descoberto usando inteligência artificial

Publicado em 26 de maio de 2023, em Notícias do Mundo

Pesquisadores no Canadá e nos EUA dizem que a IA tem o poder de acelerar massivamente a descoberta de novos medicamentos.

Imagem em 3D da Acinetobacter baumannii, o agente causador comum de infecções hospitalares (banco de imagens)

Cientistas usaram inteligência artificial (IA) para descobrir um novo antibiótico que pode matar uma espécie de bactéria.

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A IA ajudou a estreitar milhares de substâncias químicas em potencial a uma porção que poderia ser testada em laboratório.

O resultado foi um antibiótico potente e experimental chamado abaucin, que precisará de testes adicionais antes de ser usado.

Os pesquisadores no Canadá e nos EUA dizem que a IA tem o poder de acelerar massivamente a descoberta de novos medicamentos.

Esse é o exemplo mais recente de como as ferramentas de inteligência artificial podem ser uma força revolucionária na ciência e medicina.

Impedindo as superbactérias

Antibióticos matam bactéria. Entretanto, houve uma falta de novos medicamentos por décadas e bactérias estão se tornando mais difíceis de tratar, visto que elas evoluem em resistência.

Estima-se que mais de 1 milhão de pessoas morram ao ano em decorrência de infecções que resistem a tratamento com antibióticos.

Os pesquisadores focaram em uma das espécies mais problemáticas de bactérias, a Acinetobacter baumannii, que pode infectar feridas e causar pneumonia.

Você pode nunca ter ouvido falar dela, mas se trata de uma das superbactérias que a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou como ameaça “crítica”.

Ela é geralmente capaz de se eximir de múltiplos antibióticos e é um problema em hospitais e asilos, onde ela pode sobreviver sobre superfícies e equipamento médico.

Inteligência artificial

Para encontrar um novo antibiótico, primeiro os pesquisadores tiveram que treinar a IA. Eles levaram milhares de medicamentos em que a estrutura química precisa era desconhecida, e os testaram manualmente na Acinetobacter baumannii para ver qual poderia abrandá-la ou eliminá-la.

Essa informação foi fornecida à IA para que ela pudesse aprender as características químicas dos medicamentos que poderiam atacar a bactéria problemática.

A IA foi então liberada em uma lista de 6.680 componentes cuja eficácia era desconhecida. Os resultados, publicados na Nature Chemical Biology, mostraram que a IA levou 1 hora e meia para produzir uma lista.

Os pesquisadores testaram 240 no laboratório, e encontraram 9 antibióticos em potencial. Um deles foi o incrivelmente potente abaucin.

Experimentos em laboratório mostraram que ele poderia tratar feridas infectadas em ratos e foi capaz de matar amostras da A.baumanni de pacientes.

“O próximo passo é aperfeiçoar o medicamento no laboratório e então realizar ensaios clínicos”, disse o Dr. Jonathan Stokes, da Universidade McMaster. Ele espera que os primeiros antibióticos produzidos por IA possam entrar em circulação até 2030.

A título de curiosidade, esse antibiótico experimental não teve efeito em outras espécies de bactérias e funcionou apenas contra a A. baumannii.

Fonte: BBC

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