Um novo medicamento, o donanemab, está sendo considerado um ponto decisivo na luta contra o Alzheimer, após um teste global ter confirmado que ele desacelera o declínio cognitivo.
O medicamento composto por anticorpos auxilia nos estágios iniciais da doença ao desobstruir uma proteína que se forma no cérebro de pessoas com esse tipo de demência.
Embora não seja uma cura, órgãos de caridade dizem que os resultados no jornal JAMA marcam uma nova era em que o Alzheimer pode ser tratado.
O medicamento funciona na doença de Alzheimer, mas não em outros tipos de demência, como a vascular.
Nos ensaios clínicos, parece que o medicamento desacelerou o ritmo da doença em cerca de um terço, permitindo às pessoas manterem mais de suas tarefas diárias, como fazer as refeições e desfrutar de um hobby.
O donanemab, produzido pela Eli Lilly, funciona da mesma forma que o lecanemab – desenvolvido pelas empresas Eisai do Japão e Biogen dos EUA – que foi notícia em todo o mundo quando provou-se que ele reduz o ritmo da doença.
Embora extremamente promissores, esses medicamentos não são tratamentos livres de riscos.
Inchaço do cérebro foi um efeito colateral comum em até um terço dos pacientes no teste com o donanemab. Para a maioria, isso se resolveu sem causar sintomas. Entretanto, 2 voluntários, e possivelmente um terceiro, morreram como resultado de inchaço perigoso do cérebro.
Um outro medicamento com anticorpos contra Alzheimer, chamado aducanumab, foi recentemente rejeitado por reguladoras europeias por preocupações com a segurança e falta de evidência, o qual não foi eficaz o suficiente para os pacientes.
Fonte: BBC